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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Brasil, "Pátria do Evangelho"? Hã?!

Todos sabemos que o Brasil possui em sua população o maior número de seguidores do Espiritismo. Não sabemos o exato motivo, mas isso é fato. Mas há quem veja algo de "mistico" nisso, se aproveitando para canalizar um certo ufanismo.

Esse fanatismo acabou criando a ideia de que o Brasil é a pátria do espiritismo (Pátria do Evangelho, como dizem) e para mim, isso lembra aquela ideia dos católicos, evangélicos e judeus de que o povo de Israel era o "povo escolhido". Isso, só de início entra em contradição à perfeição de Deus, que não escolhe seus filhos prediletos, dando oportunidades iguais a todos.

A ideia de "Pátria do Evangelho" foi muito difundida pelos rustanistas, seguidores de Roustaing, contemporâneo de Kardec que quis criar um "Espiritismo" paralelo, menos científico e mais dogmático, lançando mão de crenças sem nexo. "Espiritismo" que domina hoje no Brasil, enganando muita gente.

Roustaing não ganhou popularidade no Brasil, embora influenciou vários diretores da FEB, Federação Espírita Brasileira. Mas suas ideias foram seguidas pelos espiritólicos sem saber de quem vinham tais ideias.

Para quem não usa o raciocínio, preferindo a crença pura e a confiança sega - e irresponsável - a quem lança uma ideia, é muito bom saber que o Brasil é o centro do mundo e "Pátria do Evangelho". Já estamos "felizes" por tornarmos o "quintal do mundo", a pátria do entretenimento mundial e somando o conceito de "Pátria do Evangelho"só aumenta essa "felicidade" já que diversão e religiosidade são valores considerados positivos pela sociedade e muita gente duvida que existam falcatruas ou gente interesseira nestes ramos. E infelizmente existem. E como.

Sempre achei incoerente a ideia de "Pátria do Evangelho" (a ideia de "evangelizar" a Doutrina Espírita, em si já é um gigantesco equívoco), já que para mim a pátria dos espíritas é o mundo espiritual. Nem a França é pátria para o Espiritismo. E o que é importante dizer e que muita gente finge esquecer: a divisão de países é puramente humana, artificial. Existe para fins políticos. É como um terreno onde se constrói um muro para delimitar. Deus não dividiu os países e muitas vezes acho que a noção de patriotismo é bastante tosca, já que seria uma espécie de "vaidade geográfica". Mas isso não é assunto para agora.

Todavia a ideia de "Pátria do Evangelho" é falsa, irracional e serve apenas para satisfazer as emoções baratas de gente carente e deslumbrada, que desesperados por uma salvação, engolem qualquer ideologia como se fosse a verdade absoluta, crendo em absurdos que só ajudam mais ainda a alienação e a manutenção dos problemas que nos prejudicam, mas beneficiam o interesses de poderosos e oportunistas.

Espiritismo não tem "pátria". A verdadeira pátria é todo o universo em suas muitas dimensões que servem de cenário para a vida dos incontáveis espíritos que o habitam.

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