OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

IMPORTANTE: Este blogue não tem a pretensão de ser um site científico e nem de ser uma fonte para estudos. Apenas lançamos as questões e estimulamos o debate e a análise, servindo apenas para ponto de partida para estudos mais detalhados. Para quem quiser se aprofundar mais, recomendamos a literatura detalhada das obras de Allan Kardec - principalmente "O que é o Espiritismo" e visitar fóruns especializados, que não façam parte da Federação "Espírita" Brasileira.

Os textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e correspondem ao ponto de vista pessoal de seus responsáveis, sejam ou não resultado de estudos.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Porque o medo de questionar os dogmas "espíritas"?

O que se faz no Brasil sob o nome de "Espiritismo" nunca passou de uma gororoba doutrinária. O único dogma correto é o que admite a vida pós-morte e a comunicação de espíritos, além de sua capacidade de reencarnar. E só. Outros dogmas na verdade resultam do achismo e da má interpretação de vários conceitos, além de enxertos trazidos por intrusos do Catolicismo medieval.

Esses enxertos entram em franca contradição com os pontos importantes da codificação kardeciana. Como a maioria dos seguidores nunca fez um estudo sério, pra valer, do material lançado por Allan Kardec, comparando com a mais do que duvidosa obra do charlatão Chico Xavier, seguidor fiel, até o fim da vida, da forma medieval do Catolicismo predominante em sua infância.

A recusa em estudos favoreceu uma fé cega, chamada de "raciocinada" que faz com que os adeptos do "Espiritismo" brasileiro aceitassem dogmas de forma passiva, sem questionar, acreditando que eles foram "pré-verificados pela ciência" e que por isso seria inútil contestar.

Mas na verdade, essa ideia de que os dogmas sem pé nem cabeça do "Espiritismo" brasileiro foram pré-verificados é bastante coerente com a lei do menor esforço presente no instinto humano. Somos preguiçosos por natureza e se condenamos a preguiça laboral, não condenamos a preguiça intelectual. 

Ainda mais que, por cultura, nós, brasileiros, detestamos pensar. Adoramos ser chamados de inteligentes, mas pensar exige esforço, abnegação e não raramente, reprovação social, já que a atividade intelectual virou coisa de gente mal humorada e difícil de se entender.

Detestamos pensar e aceitar que outros pensem por nós nos é bastante conveniente. E as religiões existem para satisfazer a nossa preguiça de raciocinar. Ainda mais uma doutrina que se apresenta como científica sem ser de fato. Deixemos que "médiuns", palestrantes ou quem quer que lidere no "Espiritismo" brasileiro pense por nós. basta apenas nos calar e aceitar o que é ouvido.

Isso explica a nossa raiva quando somos convidados a contestar os dogmas estranhos do "Espiritismo". Crianças índigo, colônias espirituais, encerramento de reencarnações por uma caridade malfeita, a transformação imediata da terra em local de regeneração, a divinização do povo brasileiro, etc., estão entre as ideias aceitas dentro da versão brasileira da doutrina e que recusamos a verificar.

Como estamos sempre ansiosos por uma doutrina que nos faça ser "mais inteligentes" sem exigir nada de nosso intelecto, além da aceitação imediata de ideias comprovadamente absurdas, o "Espiritismo" deturpado praticado no Brasil nos parece muito confortável. É como comprar um diploma sem estudar: basta aceitarmos o que é dito nas palestras que nossa inteligência se consagra.

Isso é muito ruim e tem destruído aos poucos a versão brasileira da doutrina. A apostasia é grande e não para de crescer. Os poucos que ficam ou são seguidores tradicionais ou os descendentes ou amigos destes. 

O que os brasileiros chamam de "Espiritismo" virou uma bagunça cuja pieguice em torno de um charlatão com problemas mentais, considerado pelos seguidores como "líder soberano e espírito de máxima pureza" é a principal prática de seus adeptos.

Infelizmente, todo o esforço de Allan Kardec foi jogado no lixo, para se consagrar, em uma pátria de néscios, como uma doutrina confusa, contraditória e de dogmas absurdos. Desta maneira, não há humanidade que se evolua!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Falta de debates eliminam racionalidade do "Espiritismo" brasileiro

O grande pecado do "Espiritismo" brasileiro é ter se convertido em uma religião de fé cega. Uma fé cega diferente (rotulada pelo contraditório nome de "fé raciocinada"), em que se consiste em acreditar em dogmas supostamente aprovados previamente pela ciência. Algo que em si já é um dogma de fé cega, pois se acredita em uma intervenção científica que na prática nunca aconteceu.

Vamos admitir de uma vez por todas: o que os brasileiros conhecem como "Espiritismo"  nunca passou de uma religião como outras quaisquer. Uma religião de dogmas confusos, contraditórios e absurdos. Uma religião de idolatria a supostos líderes ("médiuns") e a tudo relacionado a eles. Uma religião cuja caridade nunca vai além do mero assistencialismo, para não prejudicar a ganância dos mais ricos, maioria no rol de seguidores da doutrina.

A falta de debates e a aceitação passiva de dogmas, por mais alucinados que sejam, tem destruído a doutrina e causado uma apostasia que acontece de forma constante, sem cessar. Se não bastasse ser uma seita seguida apenas por brasileiros, muita gente já abandona o "Espiritismo", cansado de ver constantemente a ausência de explicações para os dogmas absurdos expostos em cultos e palestras.

O descompromisso com a racionalidade já começa pela aparência de centros "espíritas", semelhantes a igrejas sem pompa, com palestras que mais parecem sermões a serem aceitos de forma quase robótica pelos frequentadores, que com medo de romper o "clima de paz", se cala diante das asneiras ditas nas mesas enfeitadas com tolhas de renda branca, resultantes da falta de estudo sério.

A solução para os "espíritas" que se recusam a questionar seus próprios dogmas duvidosos é admitir o igrejismo e parar de fingir ser uma seita científica. Parem de puxar o saco da ciência! Vocês nunca foram a favor dela! 

O "Espiritismo" brasileiro é uma igreja de fé cega e é desta forma que ela deve ser definida! O compromisso com a racionalidade foi rompido desde o início, quando chegou ao Brasil e isso deve ser admitido como fato real ocorrido.

Caso não queira ser extinta pela apostasia constante que ocorre sem cessar, é melhor os "espíritas" pararem de falar em ciência e racionalidade. Racionalidade inclui contestação, debate e até brigas, pois normalmente o choque de duas ideias opostas provoca uma certa tensão, que deve ser resolvida também com racionalidade.

Mas como tudo se estabilizou após 130 anos de erros, melhor que os "espíritas" brasileiros rompam com Kardec e com a ciência e se tornam de uma vez por todas uma reles religião de base católico-medieval a satisfazer mentes sedentas por uma fé mais "diferenciada" e só.

Mentir nunca é bom e fingir a racionalidade inexistente nunca é bom. Melhor ficarem orando em suas mesinhas com tolhas brancas e se apegar a suas ilusões doutrinárias. Depois de tanto estrago feito pela FEB e por seus ídolos fabricados (vulgo "médiuns"), que fica quase impossível voltar as bases kardecianas sem destruir o que os "espíritas" brasileiros construíram. 

Melhor assumir o igrejismo e deixar a racionalidade para lá. É o melhor a fazer.

domingo, 27 de outubro de 2019

Religiões começam a desaparecer em sociedades evoluídas. E agora, "espíritas"?

"Espíritas" brasileiros fazem parte de uma religião que acredita ser a melhor do que as outras. Supostamente mais racional e mais moderna, tem dogmas confusos, absurdos e contraditórios, todos resultantes não da verificação isenta e sim da fé cega e da idolatria viciada a supostos benfeitores. 

Mas em cerca de 130 anos não conseguiu desenvolver a mentalidade de seus seguidores e nem eliminar as desigualdades sociais, na verdade contribuindo para um altruísmo inerte e para a manutenção de paradigmas ultrapassados de bondade e moralidade.

Muitos dos seguidores do moribundo "Espiritismo" brasileiro acreditam que a humanidade inteira passará a acreditar nos dogmas ridículos que defendem, como as crianças índigo e as colônias espirituais, além de idolatrar "médiuns" com poderes dignos de super-heróis de HQ. Mas deu ruim!

Enquanto os brasileiros, confirmados como um dos povos mais ignorantes e mentalmente atrasados do mundo (até pelo fato de ser um povo jovem, de apenas 519 anos, em processo de aprendizado) acreditam que charlatães fantasiados de "enviados dos planos superiores" irão governar a Terra, sociedades onde a educação, a justiça e a distribuição de renda estão mais avançadas, começam a eliminar a religiosidade de seu cotidiano.

Países como a Holanda, Nova Zelândia e os da região da Escandinávia já começam a diminuir drasticamente a quantidade de pessoas dispostas a acreditar em dogmas e na existência de um gigante invisível governando o universo. Para a tristeza dos "espíritas" que sonham em impor a sua fé a toda a humanidade, os mais evoluídos começam a dizer não a fé, sinônimo de credulidade.

Pessoas que são mais educadas (e estimuladas a raciocinar), e que possuem qualidade de vida, não querem mais perder tempo cultuando e defendendo lendas sem pé nem cabeça como se estes contos de fadas para adultos tivessem a capacidade de torná-las pessoas mais altruístas e tolerantes.

Religiões deixaram de ser benéficas para a sociedade quando resolveram ser algo muito além de meras mitologias modernas a entreter pessoas em seus momentos de ócio. Seus dogmas ilusórios e lideranças enganadoras destruíram a capacidade racional de multidões, forçando-as a permanecer na inércia intelectual, tornando-as incapazes de lutar contra as perpétuas desigualdades nas nações mais religiosas do planeta.

Além disso, religiões tem se tornado uma excelente oportunidade para homens comuns liderarem multidões, induzindo seguidores a obedecerem e satisfazerem estas lideranças, que acabam por gozarem de privilégios pelo poder conquistado. Uma forma de escravidão alegremente aceita.

O Brasil é um país jovem e por isso, se encontra distante de se libertar da escravidão religiosa. Graças a supremacia da fé sobre a razão, muitos problemas se manterão insolúveis pela falta de racionalidade, preservando desigualdades e a ignorância.

"Espíritas", que sempre acreditaram ver o Brasil evoluir sob as orientações de "médiuns" enganadores, vão ter que assumir o atraso de seu jovem país e ver problemas e injustiças se perpetuarem. Até que digam NÃO! para a fé e resolvam colocar os cérebros para funcionar. 

Caso contrário, poderão escolher assistir perplexos outras nações passarem a perna nos brasileiros, a evoluírem sem acreditar em lendas alucinadas e em divindades surrealmente poderosas.

(Extraído do Blog Espiritismo Secular)

sábado, 19 de outubro de 2019

As armadilhas da nova Filantropia Neoliberal


As elites assistem diante de si o fracasso do neofascismo. Descobriram que não dá para proteger a ganância capitalista e as tradicionais desigualdades por meio de restrições de direitos e da violência. Deu ruim. Foi um flop total! Não convence mais ninguém.

Mas mesmo assim as elites tentarão de toda a forma manter as desigualdades que mantém as riquezas e privilégios exclusivamente nas mãos de uma minoria, mesmo que diante dos olhos da população comece a aparecer um fiapo de preocupação social, que represente pelo menos uma luz no meio do túnel. Eu disse NO MEIO do túnel. No meio de um túnel sem fim.

Com o fracasso da extrema direita, os defensores do mais ganancioso capitalismo, na tentativa de conquistar a opinião pública, agora falam em caridade, filantropia, responsabilidade social, sustentabilidade e outras palavras lindas que no fundo nada significam se ricos continuarem ricos e pobres continuarem pobres.

Mas é preciso conquistar a opinião pública, para que a população, sobretudo os mais pobres, possam aceitar alegremente a "missão" de irem para o abatedouro capitalista, para que os interesses de magnatas isolados em mansões e castelos de luxo possam se manter eternamente intactos.

Só que é preciso criar uma nova aparência para a filantropia neoliberal, já que os antigos paradigmas de caridade já não convencem mais. Deve-se encontrar um meio de convencer inclusive os mais espertos para que estes topem manter alegremente no abatedouro da miséria com algumas migalhas como compensação para a situação indigna que serão obrigados a manter.

Uma intensa campanha envolvendo muita gente de diversos ramos e ideologias se unem secretamente, sob orientação de intelectuais pagos por ricos magnatas, para que seja construída uma falsa campanha de proporções colossais em prol do bem estar da humanidade, mas sem romper com os paradigmas da caridade paliativa que não ameaça os privilégios doa mais ricos.

Nossa equipe tem notado, com apavorada perplexidade, que várias iniciativas, aparentemente independentes umas das outras, que pretendem criar um mutirão de filantropia que impeça o fim das desigualdades. Forças de direita - algumas fantasiadas de "isentas" e até pseudo-esquerdistas - resolveram fazer a sua própria campanha de responsabilidade social, "antes que a esquerda a faça".

ONGs, políticos supostamente progressistas, religiosos, personalidades, todos sob o comando de empresários muitíssimo ricos, resolveram discursar em prol do benefício alheio sem oferecer medidas que mudem o sistema e arranque privilégios e a gorda fortuna de magnatas. Até porque os magnatas interessados na proteção de privilégios estão no comando desta filantropia com ganância.

A iniciativa, que tem a sua religião oficial, o deturpado "Espiritismo" brasileiro, já começa ser posta em prática aos poucos, como reação de suposta indignação ao fracassado neofascismo, que pode ter sido instalado justamente para que as pessoas pudessem aceitar um Capitalismo menos dolorido que o oferecido pela extrema direita.

Não nos enganemos. Estas novas iniciativas podem até trazer algum benefício aos mais carentes. Mas nunca trará a dignidade e muito menos eliminará as desigualdades. É uma campanha farsesca a manter tudo como está, sem parecer cruel diante dos olhos dos mais ingênuos. Até porque se as elites estão no comando, serão elas as maiores beneficiadas destas iniciativas. Aplaudidos por um bando de miseráveis conformados com as migalhas que caírem em suas mãos.

(Autor: Equipe Espiritismo Secular - pessoalmente gentilmente cedido a este blog)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

A Erva Daninha sobreviveu à árvore morta

Havia uma bela árvore de bons frutos, deliciosos e nutritivos. Ela era cultivada por um senhor muito inteligente e simpático, no interior da França.

Outro senhor francês, menso simpático, não gostou da árvore e tratou de cultivar nela uma planta parasita conhecida como Erva Daninha.

A Erva Daninha contaminou a árvore a ponto de matá-la definitivamente. Mesmo assim, a árvore se manteve em pé. Como a erva permaneceu grudada à árvore, os passantes pensavam ser a planta parasita parte da própria árvore, como se fossem suas folhas.

A Erva Daninha ganhou força e cresceu, usando a estrutura da árvore morta como base. Um outro senhor, mineiro de uma cidade rural, tratou logo de alimentar a erva, que cresceu ainda mais e se tornou forte e dominante, destruindo ainda mais a inanimada árvore.

Mas como a árvore ainda permanecia em pé, mesmo sem vida, todos acreditavam que a árvore ainda existia, considerando a planta parasita como sua integrante física.

Hoje, começam a aparecer, para a opinião pública, de que a Erva Daninha não é a árvore e sim a sua planta parasita. A árvore original se mostra totalmente sem vida, praticamente petrificada.

Resta esperar pelo dia em que plantarão outra árvore, com o cuidado de não deixar desenvolver nela o parasitismo da Erva Daninha, ainda hoje muito admirada e protegida por aqueles que ainda não sabem como era a árvore original.

Boas festas!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

O futuro do Espiritismo: vamos em frente!

Há mais de 130 anos, desde que um grupo de católicos dissidentes decidiu criar a forma brasileira de "Espiritismo", que se distanciava gradativamente do Espiritismo original francês, muita confusão tem ocorrido em nome da doutrina, impedindo a evolução humanitária e reduzindo a caridade a um engodo que praticamente não serve para nada.

Isso comprova o grave erro que os chamados "espíritas" brasileiros cometeram em recusar os estudos que levaram a doutrina  original, transformando o que deveria ser uma ciência em uma igreja de fé cega, dogmas sem pé nem cabeça e lideranças arrogantes que se acham melhores que quaisquer pessoas só por acreditarem ser dotadas de superpoderes divinais.

O resultado disso tudo é que a proposta trazida por Kardec de estimular a evolução da humanidade através do desenvolvimento intelectual, além do conhecimento da não-matéria e da vida espiritual após ao falecimento, foi literalmente para a lata de lixo. Em pleno século XXI estamos ainda atrasados e cada vez piores como seres humanos, emburrecidos, egoístas e gananciosos, torcendo para que o obscurantismo de tempos remotos retorne ao nosso cotidiano.

Diante disso, somos obrigados a reconhecer  fracasso do "Espiritismo" brasileiro, desde a fundação da FEB reduzido a uma igreja dos espíritos, entusiasta da fé cega que permite dogmas absurdos e contraditórios. Palestras e estudos tem sido reduzidos a um manual de moralismo retrógrado e estudos de comunicação espiritual tem sido travados ou discretamente levados adiante por cientistas fora da doutrina. 

A bagunça doutrinária que reinou no "Espiritismo" brasileiro de clara linhagem roustainguista impediu a compreensão melhor do conteúdo doutrinário original, preferindo inserir na versão brasileira da doutrina "novidades" que mais tinham a ver com o Catolicismo medieval e com seitas esotéricas de caráter duvidoso. 

O "Espiritismo" brasileiro teve como resultado não a caridade pretendida, mas um monte de bobagens que serviram para desviar o foco de questões mais sérias, além de travar a evolução espiritual de seus seguidores, que majoritariamente ostentam um conservadorismo retrógrado e egoísta que reduziu a caridade a algo incapaz de tirar os necessitados de seus problemas, servindo mais de um consolo para uma situação que todos se recusam a mudar.

É preciso romper com o "Espiritismo" roustainguista da FEB e descartar a influência de falsos profetas como Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Divaldo Franco e todos os que lhes assemelham. É mais do que necessário voltarmos ao interrompido estágio na avançada Paris do seculo XIX e retomarmos as pesquisas de Allan Kardec e a valorização do intelecto, estimulando o estudo doutrinário.

Uma boa dica que nossa equipe dá são as ideias e textos de verdadeiros espíritas como Herculano Pires, Deolindo Amorim (pai do jornalista progressista Paulo Henrique Amorim) e Gélio Lacerda, além dos atuais continuadores Sergio Aleixo e Dora Incontri, corajosos empenhados em devolver ao Espiritismo as suas características originais.

Se retomarmos as características kardecianas do Espiritismo original, podemos ter a esperança de retomarmos também o ritmo da evolução humanitária, com o estímulo ao desenvolvimento intelectual que trará qualidade a caridade praticada, não mais uma caridade paliativa que serve de consolo, mas de intenso trabalho com o objetivo de eliminar as injustiças e os problemas crônicos da humanidade terrestre.

Esperamos ver um Espiritismo limpo, longe dos inúmeros enxertos colocados e sem a influência nociva de lideranças que nunca compreenderam o verdadeiro papel da doutrina, preocupados em usar a mesma para se promover e se beneficiar.

Vamos juntos estudar a codificação original e retomarmos a pesquisa que nos ajudará a entender melhor a realidade do lado de cá e de lá. Coloquemos nossos cérebros para funcionar a partir deste exato instante. Mãos a obra, há muita coisa para fazer!

sábado, 24 de fevereiro de 2018

A diferença entre o Espritismo de Allan Kardec e o "Espiritismo" de Chico Xavier

É consagrada pela opinião pública brasileira a crença de que o Espiritismo é um só e que no Brasil se pratica o mesmo Espiritismo original, codificado por Allan Kardec. Essa crença se resulta além da falta de estudo, da falta de informação. Ninguém se preocupou em confrontar os inúmeros e contradizentes dogmas que existem no "Espiritismo" brasileiro, aceitando facilmente absurdos e contradições.

Nossa equipe fez um vídeo, apenas com "cartões" mostrando as principais diferenças entre o Espiritismo original e o "Espiritismo" brasileiro. É um video bem didático e fácil de entender. Nele, mostramos que os dois "Espiritismos" são muito mais diferentes do que se imagina e não raramente entram em sério choque.

Vejam atentamente e procurem estudar melhor a doutrina original, tendo a consciência que a mesma chegou totalmente deturpada no Brasil. Criticar a deturpação não é intolerância, mas a busca pela coerência doutrinária. O que é errado na doutrina deve ser extirpado. Lutemos pela manutenção do verdadeiro Espiritismo, esquecido há mais de 130 anos.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Herculano havia avisado sobre Divaldo Franco

Antes tarde do que nunca. Divaldo Franco foi finalmente desmascarado. Infelizmente, levou quase 60 anos para que este embusteiro, mercador das palavras mostrasse a sua verdadeira cara que nada tinha a ver com o suposto "espírito de luz" e muito menos com o "maior filantropo do mundo" que só ajuda meia dúzia de gatos pingados e não consegue influir na qualidade de vida do bairro onde seu trabalho supostamente filantrópico se localiza.

Divaldo Franco foi um aventureiro que entrou na doutrina após ver o sucesso de Chico Xavier, outro embusteiro, mas menos mal-intencionado, que distorceu a doutrina a ponto de transformá-la em uma igreja de fé cega e dogmas absurdos. Mas houve uma oportunidade, cerca de 40 anos atrás, de nos livrarmos da influência nada positiva do suposto médium baiano, evitando os desconfortos que aconteceram na doutrina.

Vários fatos mostraram que Divaldo nunca estudou a doutrina. Defensor de teorias estranhas como a das "Crianças Índigo" , do "Planeta Chupão" (chamado de Alcione - com acento vocálico no "i" - pelo suposto médium), do "Jesus de olhos azuis" e que narrou que um dia viu Sai Baba (outro embusteiro) se teletransportar em um quarto de hotel onde estava, viajando para espalhar mensagens igrejistas em desacordo com a doutrina espírita original.

Para evitar este festival de asneiras, deveríamos ter ouvido o sensato Herculano Pires, que havia alertado sobre o charlatanismo de Divaldo Franco. Sem ofensas e procurando ser o mais educado possível, Herculano, defensor incansável da fidelidade doutrinária recusada pelo trio Bezerra-Chico-Divaldo, além de tradutor mais fiel de Allan Kardec, reduzido pelo Movimento "Espírita" a um objeto de bajulação, escreveu uma carta onde faz graves denúncias sobre o suposto médium baiano.

Reproduzo primeiramente a declaração recente dada por Divaldo Franco, em Goiânia, após uma daquelas palestras em que despeja ideias puramente igrejeiras, disfarçadas de falso intelectualismo e falsa sabedoria. Embaixo, reproduzo a declaração de Herculano Pires sobre Divaldo Franco.

Cá para nós, lendo o depoimento de Divaldo, percebemos que Herculano Pires estava mais do que certo em denunciar este farsante que deve estar se dando bem de alguma forma ao assumir o posto de "liderança da Doutrina Espírita", mesmo de forma ilegítima.

Comecemos pelo pior, a declaração infeliz de Divaldo:

DEPOIMENTO DE DIVALDO PEREIRA FRANCO SOBRE IDEOLOGIA DE GÊNERO E SÉRGIO MORO

Congresso Espírita (sic) de Goiás, 13 de fevereiro de 2018, em Goiânia

Fernando, 18 - O que dizer sobre a ideologia de gênero?

Eu diria em frase muito breve, que é um momento de alucinação psicológica da sociedade. (Aplausos) Em uma entrevista que recomendamos, Iraci Campos, do Centro Espírita (sic) Joana de Ângelis, na Barra da Tijuca, entrevistou um nosso aluno a esse respeito, e as respostas como as perguntas, muito bem elaboradas, propiciaram a Haroldo (Dutra Dias) a abordar a questão no ponto de vista legal, moral, espírita e social. Vale a pena, portanto, procurar na Internet, esse encontro de Iraci Campos com Haroldo Dutra. Haroldo disse em síntese, eu peço licença a ele, que se trata de um momento muito grave da cultura social da Terra, e que é naturalmente algo que deveremos examinar em profundidade, mesmo porque nós vamos olhar a criança, graças à sua anatomia, como sendo o tipo ideal. E a criança, nesse período, não tem discernimento sobre o sexo. A tese é profundamente comunista. E ela foi lançada por Marx sob outras condições, que a melhor maneira de submeter um povo não é escravizá-lo economicamente, era escravizá-lo moralmente. Como nós vemos, através de vários recursos que vêm sido aplicado no Brasil nos últimos nove anos, dez, em que o poder central tem feito todo o esforço para tornar-se o padrão de uma sociedade em plena miséria, econômica e moral, porque os exemplos de algumas dessas personalidades são tão aviltante e tão agressivo (sic) que se constítuíram legais, e, porém, nunca morais. Todas essas manifestações que estamos vendo graças à República de Curitiba, cujo presidente é o dr. Moro (aplausos), e deve ser o desnudar da hipocrisia e da criminalidade. Aliás, o Evangelho recomenda que não deveremos provocar escândalo, e o nosso venerando juiz não provocou escândalo, atendeu a uma denúncia muito singela e no entanto levantou o véu que ocultava crimes hediondos, profundos, desvio de dinheiro que poderia acabar no Brasil com a tuberculose, com as enfermidades que vêm atacando recentemente, poderia educar toda a população e dar-lhe o que nossa Constituição exige, trabalho, repouso, dignidade, cidadania. Mas determinados comportamentos de alguns do passado muito próximo estabeleceram o marxismo disfarçado e a corrupção sob qualquer aspecto como princípio ético. A teoria de gênero é para criar, na criança, no futuro cidadão, a ausência de qualquer princípio moral. Uma criança não sabe discernir, somente tem curiosidade. No mesmo banheiro, um menino e uma menina irão olhar-se biologicamente, sorrir e perguntar o de que se tratava aquele aparelho genésico, que é desconhecido. Então nós defendemos repudiar de imediato e apelar para aqueles em quem nós votamos e somos responsáveis e gritar para eles que somos contra, totalmente contra, essa imoralidade ímpar. (aplausos) Vão me perdoar uma blasfêmia, agora, para adultos. Os espíritas somos muito omissos. No nome falso e na capa da humildade, achamos que tudo está bem, mas nem tudo está bem. É necessário que nós tenhamos vós. O apóstolo Paulo jamais silenciou ante o crime e a imoralidade, e Jesus, muito menos. Ele deu a César o que era de César, mas não deixou de dar a Deus o que é de Deus. Muitas aberrações nós silenciamos. Afinal, disfarçadamente, vivemos numa república democrática, e os nossos representantes lá chegaram pelo nosso voto. Já está na hora de acabar de votar por uma alpercata japonesa, já está na hora de deixar de votar por causa do emprego que vai dar ao nosso filho, pensarmos na comunidade, numa comunidade justa não faltará emprego para todos, uma sociedade justa, de homens de bem, de mulheres dignas, naturalmente estabelecerá as leis de justiça e de equidade, então nós evitaremos essas aberrações, o aborto provocado, esse crime hediondo, que está sendo tentado tornar-se legal, por mais que seja legal, nunca será moral. Nós somos contra quem aborta por essa ou aquela razão, falamos, em tese, matar é crime, seja qual for a aparente justificativa. E agora, com a tese de gênero, estamos indiferentes e, de momento para outro pela madrugada, os nossos dignos representantes adotam. Falávamos ontem a respeito de cartilhas do Ministério da Educação, depravadas, para corromper as crianças, e que as escolas estão demovendo ao Ministério. Que Ministério da Educação é esse, que estabelece fatos (aplausos) de uma indignidade muito grande. Os pais devem vigiar os livros dos seus filhos, e naturalmente recusarem. Nós temos o direito de recusar. Nós temos o dever de recusar. Vítor Hugo hoje, já nos falava há mais de 150 anos, "o grande pecado é a omissão". E Kardec nos falou que não era nobre apenas o fazer o mal, porque não fazer o bem é um crime muito grande. Então precisamos ser mais audaciosos, espíritas, definidos, termos opinião. A Doutrina nos ensina e, para os jovens, eu direi que há uma ética: liberdade. O sexo é livre. Livre-se (?). Mas ele não tem a liberdade de indignificar a sociedade. Poderemos, sim, exercer o sexo, é uma função do corpo e também da alma, mas com respeito e com a presença do amor. Portanto, à teoria de gênero, 'jamais'".

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ALERTA DE HERCULANO PIRES SOBRE O CHARLATANISMO DE DIVALDO FRANCO:

Muito antes do “estouro” com o Chico eu já havia sido advertido espiritualmente a respeito do médium baiano. Durante meses evitei encontrar-me com ele, pois é sempre desagradável constatar uma situação mediúnica nessas condições. Quando me encontrei, tudo se confirmou. Não tenho, pois, nenhuma prevenção pessoal, nada particular contra ele. O que tenho é zelo, é prudência, é necessidade de por-me em guarda e evitar que os outros se entreguem de olhos fechados às manobras que infelizmente se desenvolvem através da palavra ilusória desse rapaz. Espero em Deus que ele (agora roustainguista confesso e novo ídolo da FEB) ainda encontre o seu momento de despertar, antes que esta encarnação se finde.

Do pouco que lhe revelei acima você deve notar que nada sobrou do médium que se possa aproveitar: conduta negativa como orador, com fingimento e comercialização da palavra, abrindo perigoso precedente em nosso movimento ingênuo e desprevenido; conduta mediúnica perigosa, reduzindo a psicografia a pastiche e plágio – e reduzindo a mediunidade a campo de fraudes e interferências (caso Nancy); conduta condenável no terreno da caridade, transformando-a em disfarce para a sustentação das posições anteriores, meio de defesa para a sua carreira sombria no meio espírita. (...)

Você acredita que o Chico esteja obsedado e que o Divaldo seja uma vítima inocente? Que todas as trapaças do Divaldo sejam bênçãos do Céu para o nosso movimento? Que seja nossa obrigação acobertar e bater palmas a companheiros que têm esse procedimento, relatado acima apenas em parte?

Ainda hei de lhe contar um dia, pessoalmente, a trama que tive de ajudar alguns amigos a desfazer – uma trama maquiavélica, de tipo medieval, para pôr um “fim feliz” ao caso Chico-Divaldo, deixando o Chico na condição de ciumento e o outro na condição de vítima inocente.


Temos de ser, meu caro, mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes. Quem o disse foi o Cristo, que deve entender do assunto. E Kardec adverte, em “O Livro dos Espíritos”, Kardec e os Espíritos, que é obrigação dos homens de bem desmascarar os falsos profetas. Obrigação, veja bem, obrigação! Por isso não recuo diante (embora não me considere tão “de bem” assim…) diante dos casos de Divaldo, Hercílio Maes e Ramatis, Roustaing e FEB. Não será com a minha conivência que o joio sufocará o trigo da seara. Isso tem me custado caro, muito caro: mas Deus me tem ajudado a suportar o ônus. 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Espírito x Corpo, segundo Jessé Souza

É preciso entender a origem dos preconceitos para compreendermos a nossa realidade atual. Jessé Souza, o maior intelectual da atualidade e autor do excelente e revelador livro A Elite do Atraso, que recomendo todos a ler, desconstruiu um mito lançado pelos intelectuais Giberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda e Raymundo Faoro que é a raiz de muitos preconceitos que existem em nosso cotidiano: a dualidade espírito x corpo.

A palavra "espírito" não aprece no mesmo sentido que aparece na doutrina kardeciana, embora a ideia de abstração e de superioridade esteja mantida. De certa forma, não na doutrina de Kardec, mas na versão deturpada praticada no Brasil, esta dualidade aparece, pois a vida espiritual sempre é tida como superior a vida material, esta tida como um "castigo", embora cientificamente seja uma fase tão importante para a vida do espírito quanto o estágio sem o corpo.

Para a tradição intelectual desmontada sabiamente por Jessé, existe coisas relacionadas com "espírito", tidas como superiores, respeitáveis, nobres e coisas relacionadas com o corpo, grosseiras e condenáveis. Quase tudo que observamos ao nosso redor é relacionado com essa dualidade, conduzindo nosso julgamento e criando um maniqueísmo que não raramente causa graves injustiças.

Para citar exemplos: EUA e Europa (espírito), América Latina e África (corpo); homem (espírito), mulher (corpo); branco (espírito), negro e indígena (corpo); rico (espírito), pobre (corpo) e assim por diante. Nestes e em outros exemplos é bem claro o maniqueísmo que origina os nossos preconceitos, infelizmente arraigados em nossa sociedade, sobretudo a brasileira.

No "Espiritismo" brasileiro, como falei, a tese aparece embutida na ideia de que a vida material é ruim, sendo a vida espiritual a única boa. Apesar de que no mito lançado pelos intelectuais de que a racionalidade fria é o "espírito" e a emotividade é o "corpo", no "Espiritismo" brasileiro estas noções aparecem invertidas, sendo a racionalidade coisa de materialista.

Sabe-se que a deturpada doutrina brasileira, que na prática nada tem a ver com Allan Kardec, se rede a estes preconceitos, senso uma seita elitista que separa com base em critérios subjetivos quem deve se dar bem ou não, nem sempre apoiado em fatos. 

Ler a obra de Jessé Souza nos ajuda muito a entender como funciona a realidade em nossa sociedade, sendo um indispensável complemento para entender a Doutrina Espírita original, aquela codificada por Allan Kardec e vandalizada por Bezerra, Chico e Divaldo, a santíssima trindade da deturpação "espírita".

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

O Perigo que vem de fora

Os "espíritas" que deturparam a doutrina e a transformaram em uma igreja de fé cega e dogmas sem sentido, têm, para se recuperarem após as denúncias de seus insistentes erros, uma verdadeira carta debaixo da manga.

Ou melhor, uma carta fora dela: os não-"espíritas" que ainda confiam nas falsas, mas consagradas imagens atribuídas a suas maiores lideranças, Chico Xavier e Divaldo Franco, tidos como maiores filantropos do mundo, sem oferecer qualquer resultado plausível de sua filantropia.

A FEB deve estar percebendo a decadência do "Espiritismo" brasileiro que de fato nunca saiu dos 2% de toda a população. Cheio de dogmas absurdos e contraditórios e com atividades supostamente filantrópicas sem resultado concreto, o "Espiritismo" brasileiro tem perdido muitos seguidores e fechados muitos "centros". Somado a isso tudo temos o fracasso do dogma místico do "Novo Milênio" e a incapacidade de explicar os fatos da realidade.

Mas apesar de internamente ser palco de incansáveis debates que confrontam inúmeras contradições, o "Espiritismo" brasileiro sempre teve o respeito da opinião pública em geral, por nunca ter seus escândalos revelados publicamente, não por causa da suposta correição dos "espíritas", mas pela sua clara discrição. "Espíritas" são famosos pela pose discreta que assumem publicamente.

 "Espíritas" sabem muito bem controlar a sua reputação e sair ilesos de escândalos, não raramente causados por conflitos de interesses e divergências geradas pelas contradições ideológicas entre suas lideranças. Mas se engana quem pensa que a fama de uma doutrina sem defeitos, consagrada pela opinião pública, signifique ausência de erros.

Mesmo assim, é preciso estarmos alertas para o que poderá acontecer. A ausência de uma mácula diante da opinião pública, somada a decepção com outras religiões (o radicalismo dos crentes, a pompa dos católicos, etc.) poderá favorecer com que integrantes de outras religiões,  laicos e até ateus, possam se interessar pelo "Espiritismo" deturpado (apenas a forma deturpada é conhecida pela opinião pública) e decidir segui-la, compensando os apóstatas ex-píritas que a abandonaram sensatamente.

Ou seja, os deturpadores da doutrina original, que preferiram construir uma igreja no lugar da ciência descoberta por Allan Kardec, hoje reduzido a um mero objeto de bajulação, tem uma verdadeira esperança em atrair gente de fora para reconstruir a sua farsa e continuar enganando tudo e a todos com o seu papo furado de evolução humanitária a velocidade máxima, que na década de 90 atraiu muitos ingênuos - como eu - a ser enganado por verdadeiros mercadores da fé.

Devemos avisar nossos amigos que ainda não seguem a seita sobre as suas mentiras e contradições. Chega de muita gente ser enganada em troca de uma esperança irreal e distante, somada a uma filantropia sem resultados e que só serviu para canonizar um bando de picaretas disfarçados de "espíritos iluminados".

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

No mercado de trabalho, incompetentes são demitidos. E na caridade "espírita"?

É comum vermos em empresas de diversos tipos, funcionários incompetentes que não conseguem cumprir as suas funções ou fazem de forma insatisfatória. O que fazem os patrões e gestores quando percebem que aquele funcionário não corresponde a função para qual ele foi contratado? Ora, demitem.

E o que fazem os fiéis do "Espiritismo" quando os seus filantropos se mostram incompetentes e a caridade supostamente praticada não oferece o resultado desejado. São mantidos, sua reputação melhora e se tornam até mesmo blindados, imunes a todo tipo de crítica.

Desde que se instalou no Brasil, o "Espiritismo" havia rompido de forma decisiva com a racionalidade kardeciana. Kardec só serve como objeto de bajulação e de cartório a autenticar absurdos como a lenda das "crianças índigo". Na essência, o "Espiritismo" brasileiro virou uma igreja de fé cega e de idolatria doentia que estimula o mais narcótico fanatismo, que na forma difere um pouco do fanatismo de outras religiões.

Este fanatismo coloca Chico Xavier e Divaldo Franco como objetos de uma doentia adoração. Seguidores do "Espiritismo" não conseguem se livrar da idolatria mesmo sendo reveladas características que comprovam se tratar de falsos profetas e de filantropos incompetentes.

Cegos na admiração a esses ídolos, como alguém que não consegue largar um narcótico, os fiéis "espíritas"se mostram confusos diante de revelações que vão contra os mitos de progresso e intelectualidade atribuídos a esses dois farsantes. Tentam, como se pudessem mudar os fatos ocorridos na realidade, a exigir dos seus ídolos que se moldem às expectativas sonhadas pelos seus admiradores.

Para quem é viciado em pessoas, é muito difícil largar seus ídolos. Mesmo que a doutrina consiga seguir normalmente sem esses dois falsos profetas, os admiradores dos dois não conseguem desistir da idolatria, transformando Chico e Divaldo em ópios humanos. Há um jornalista que decidiu largar o "Espiritismo" mas não largo Chico e Divaldo, acreditando ser estes os "autênticos filantropos".

Mau negócio. De que adianta largar a versão deturpada do "Espiritismo" se não larga seus maiores deturpadores? Seria como largar a matéria chata da escola, mas pegando as fotos dos professores para pendurar na parede da casa do aluno que odeia a matéria.

Façamos como os empresários decentes: vamos despedir quem é incompetente. Não perceberam que na "gestão" da filantropia "espírita", Chico e Divaldo não conseguiram mudar a sociedade para melhor? Mesmo com a "orientação sábia" de ambos, ainda temos muita injustiça? E a relevação recente do apoio de ambos a ideologias egoístas, lhes tirou a máscara da falsa filantropia? 

Acordemos desse sonho lindo da falsa filantropia e descartemos o mais rápido possível desse dois farsantes. Muitas décadas de idolatria foram incapazes de melhorar a realidade. Se queremos melhorar o mundo, façamos nós mesmos, sem depender de falsos profetas para que a humanidade progrida.

Nunca precisamos de Chico Xavier e de Divaldo Franco. Eles nada fizeram para que a sociedade melhorasse e se tornasse mais justa e próspera. Não sou eu que estou dizendo. Os resultados da filantropia desses dois farsantes esta aí. É só olhar ao redor.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

A caridade de Divaldo Franco x A caridade de Lula


A caridade de Divaldo Franco:
- Gerencia uma instituição de caridade onde alguns pobres são mantidos;
- Escreve livros e faz palestras baseados no moralismo cristão;
- Cria mensagens que consolam os sofredores sem tirá-los do sofrimento;
- Supostamente recebe mensagens de consolo de espíritos supostamente superiores;
- Defendeu que problemas complexos fossem eliminados apenas com orações e rezas;
- Tenta esclarecer dúvidas sobre diversos assuntos sob a ótica moralista cristã.

A caridade de Lula:
- Permitiu leis que dessem dignidade ao povo pobre;
- Lutou para que os problemas cotidianos pudessem ser eliminados;
- Permitiu que jovens carentes pudessem ir estudar nas faculdades;
- Construiu várias faculdades pelo país todo;
- Transformou o Brasil em uma potência;
- Fortaleceu empresas nacionais tornando-as competitivas mundialmente;
- Quitou a dívida externa e fortaleceu a economia nacional;
- Realizou obras, devidamente concluídas, que resolveram problemas da população carente;
- Criou programas que pudessem inserir os pobres na economia;
- Reduziu o índice de desemprego e aumentou com relativa rapidez o salário minimo;
- Conseguiu que deputados e senadores de diversas ideologias chegassem a acordos;
- Seu exemplo é objeto de estudo de assuntos políticos em faculdades de todo o planeta;
- Fez o Brasil ser respeitado e admirado pelas nações estrangeiras.

E agora? Decida qual dos dois é o mais caridoso.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Ensinando "espíritas" a fazer caridade

Apesar dos "espíritas" ganharem respeito de forças progressistas, o tipo de caridade praticada pelos seguidores de Chico Xavier nunca foi além do conceito de altruísmo entendido e defendido pelos conservadores: uma caridade paliativa, que não elimina miséria e desgraça e que nunca traz a verdadeira dignidade, servindo apenas de mero consolo diante de problemas que nunca acabam.

É estranho ver uma forma de caridade precária e paliativa ser tão exaltada pela sociedade, mesmo sem oferecer resultados reais. Há décadas esse tipo de caridade é praticado sem causar uma pequenina mudança na sociedade como um todo. Lideranças "espíritas" tidas como "maiores filantropos do mundo" são endeusadas praticamente de graça, por causa de altruísmo inócuo.

Será que lideranças "espíritas" tem que fazer curso de altruísmo, para saber como se faz a verdadeira caridade, aquela que ELIMINA PROBLEMAS e que seja responsável por transformações reais na sociedade como um todo. Ou "espíritas" são tão molengas que tem medo de grandes empresários, fazendo vista grossa a crônica ganância sempre demonstrada por estes?

É preciso lutar com todas as forças para que PROBLEMAS SEJAM ENCERRADOS. Não são palestras bonitinhas como as que ocorrem na festiva, mas inútil, campanha Você e a Paz que irão eliminar problemas. É fácil dizer para o ganancioso deixar de ser ganancioso. Difícil é cobrar do ganancioso que ele largue a ganância. 

Quando "espíritas" se encontram com gananciosos, é só para receber prêmios. E sair sem falar nada. Prêmios são uma ótima forma de estimular a passividade e  silêncio conformista. E é jogada fora uma excelente oportunidade de colocar autoridades na parede e exigir que façam coisas para que os problemas que perpetuam as injustiças sejam eliminados.

Os governos progressistas, que possuem mais senso de altruísmo que qualquer "espírita", tentaram fazer medidas que eliminassem as desigualdades sociais. Mas as grandes e gananciosas elites do dinheiro, com sua capacidade infinita de comprar tudo e todos, agiram rapidamente como forte e sólida barreira para o progresso humanitário. 

Essas elites fizeram de tudo para impedir a ação de progressistas, culminando no golpe de 2016. Golpe que os "espíritas" apoiaram e ainda apoiam. Apesar de haver progressistas que ingenuamente seguem o "Espiritismo" brasileiro. certamente pensando que Chico Xavier, que odiava movimentos sociais, era um militante guevarista.

Estranho ver lideranças "espíritas" que se consideram "senhores do universo" agirem como carneirinhos mudos quando se encontram com capitalistas, saindo mudos e entrando calados sem sequer reivindicar uma só medida de benefício aos mais carentes. Nem que seja apenas o asfaltamento de 1km de uma rua.

A caridade "espírita" deve ser diferenciada. Deve ser combativa e não consoladora. Os problemas devem ser eliminados e os mais carentes tirados da pobreza. As palestras devem ser duras com os poderosos - entenda como poderosos os donos do dinheiro e não os políticos surrados injustamente pela mídia corporativa, esta quase sempre mentirosa e manipuladora - exigindo a melhoria da distribuição de renda e direitos.

Mesmo que o "Espiritismo" seja uma religião de elite, atraindo para si gente abastada que usa a fé religiosa como capa para esconder a sua real ganância, deveria se lembrar do sempre esquecido, mas bajulado com frequência, Allan Kardec que disse que "fora da caridade não há salvação". Caridade não é dar um paliativo para que desgraçados aguentem o problema que nunca acaba. É tirar os mais carentes da desgraça. 

A opção dos "espíritas pela medieval Teologia do Sofrimento está sendo um grave erro que além de causar gigantescos estragos, afasta cada vez mais seguidores da doutrina, pois ninguém está a fim de seguir uma ideologia que diz que "sofrer é maravilhoso". 

Com isso, o "Espiritismo", que vive inventando que é a religião que mais cresce no país, reduziu seus seguidores dos estagnados 2% para 1,8% dos brasileiros, com sério risco de cair rapidamente para 0% se não descartar seus dogmas sem pé nem cabeça e a sadomasoquista ideia da Teologia do Sofrimento, que alega que "sofrer é bom demais para a evolução humana".

Se os "espíritas" não se empenharem em eliminar a miséria e as injustiças sociais, usando a caridade apenas como forma de canonizar as suas lideranças, vai se revelar cada vez mais um engodo igrejeiro que serve apenas para iludir almas ingênuas a acreditar que orações com palavras prontas mudam o mundo. Fazemos isso a mais de 2000 anos e tudo caminha para a piora cada vez maior.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O respeito dos charlatães do "espiritismo" diante dos leigos

O "Espiritismo" brasileiro está em franca decadência. Perde seguidores a cada dia e não possui uma nova liderança a suceder o muito idoso Divaldo Franco. Sem condições de explicar a realidade e totalmente cheia de contradições, o "Espiritismo" brasileiro se mostra um fracasso quase irreversível.

Mas o "Espiritismo" brasileiro tem uma carta debaixo da manga. Um detalhe que pode favorecer a deturpada doutrina é o respeito que ela ainda te perante os leigos, aqueles que não seguem nem mesmo a versão deturpada que se instalou no Brasil. 

Leigos só costumam ver defeitos nos neo-pentecostais, fechando os olhos para os silenciosos escândalos que acontecem na seita popularizada pelo beato católico Chico Xavier. Para quem está fora, o "Espiritismo" é uma religião sem defeitos, respeitável, altruísta e progressista, sem deturpações e cujas lideranças são completamente ilibadas.

Os escândalos que ocorrem no "Espiritismo" permanecem apenas no meio, pois a mídia os esconde. Discretos, os líderes do "Espiritismo" costumam lançar mão de todas as formas para que a reputação deles permaneça intocável. Isso pode favorecer que mesmo em decadência e perdendo seguidores, o "Espiritismo" possa angariar novos seguidores.

Como fora do "Espiritismo"deturpado e também do Espiritismo original a reputação segue intacta, com o prestígio supostamente altruísta de suas lideranças mantido intacto, é possível, mas não provável que novos seguidores passem a se interessar pela deturpada doutrina, como forma de aderir a uma religião estigmatizada como uma novidade progressista.

Outras religiões tem decepcionado muita gente. A corrupção de neo-pentecostais e o envolvimento de católicos com pedofilia tem afastado muitos fiéis que continuam a procura de uma seita cristã para seguir. Como os escândalos de deturpação e provável enriquecimento ilícito de "espíritas" passa longe de seu conhecimento, a doutrina passa a ser uma opção para cristãos frustrados.

É preciso impedir a perpetuação do "Espiritismo" brasileiro, uma doutrina comprovadamente contraditória, charlatã, incompetente no trabalho de caridade e claramente conservadora. É preciso que os erros da doutrina sejam conhecidos pelo grande público para que este não seja enganado pelas promessas vazias de uma seita que finge ser progressista sem ser.

Temos que tomar cuidado com o "Espiritismo" brasileiro que tem condições de atrair um bom número de ingênuos a substituir os fiéis que estão saindo. Divulgar os escândalos dentro da doutrina é uma forma de caridade e se não for feita, a evolução humanitária irá travar graças às mentiras, contradições e promessas de uma religião que sempre assume o oposto do que realmente é.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A maior mentira de Divaldo Franco

O auge do que os brasileiros conhecem erradamente como "Espiritismo" foi durante o modismo da "Nova Era", iniciado no começo dos anos 90 como suposta preparação para o Século XXI. A Nova Era se mostrou uma farsa criada por seitas místicas, o que está sendo comprovado por um assustador retrocesso que pretende anular grande parte das conquistas do século XX, nos devolvendo ao obscurantismo neo-medieval do século XIX.

Mas mesmo com a falácia da Nova Era se comprovando como farsa, sacerdotes "espíritas" ainda continuam  a verborragizar sobre o assunto, como se ainda tivéssemos a esperança de, num piscar de olhos, tornarmos seres humanos melhores só porque alguma divindade decidiu. E Divaldo Franco parece ser a mais empolgada liderança a falar sobre a Nova Era.

Divaldo ainda fala em entrevistas e palestras sobre a Nova Era porque ainda acredita nesta tese. O suposto médium é entusiasta de ideologias místicas e não perde a oportunidade de eleger o misticismo como substituto da ciência, como se a crença em alguma tolice esotérica possa ser garantida e afirmada sem a menor racionalidade.

A fama de "maior altruísta da atualidade" lhe garante o prestígio que permite com que muitos incautos ainda lhe deem ouvidos mesmo percebendo que a humanidade caminha para o fracasso, graças a um retrocesso imposto pelos capitalistas gananciosos que governam o mundo e que não são criticados pelo delirante suposto médium. A sociedade está cada vez mais ignorante e sádica e os dogmas criados pelos "espíritas" contradizem esta realidade.

Mal sabe Divaldo que a insistência em falar sobre a lorota da Nova Era tem feito muita gente abandonar o "Espiritismo" por perceber ser na verdade uma doutrina de absurdos e contradições. A realidade já demonstra que o "Espiritismo" virou uma seita de fé cega incapaz de explicar os problemas cotidianos, preferindo ficar no lenga lenga das orações e do culto à supostas divindades, incluindo os próprios lideres "espíritas", convenientemente transformados em "deuses" vivos.

Distanciado de Allan Kardec, este reduzido a mero objeto de bajulação, Divaldo entendeu errado o conceito de evolução humanitária. Kardec falou que a evolução seria LENTA e GRADUAL. Pelo jeito, Para Divaldo e vários "espíritas", "lenta" e "gradual" tem a velocidade de um trem bala sem freio.

 A maior mentira proferida pelo "Espiritismo" brasileiro ainda é difundida por Divaldo Franco, seu maior sacerdote, que no final da vida, pretende entrar para a posteridade como "sábio máximo" mesmo sendo o maior representante de um embuste criado para enganar incautos que não satisfeitos em acreditar na reencarnação, querem acreditar em um monte de lorotas para fugir da realidade que se recusam a melhorar. 

Melhorar a realidade exige esforço intenso e vai muito além de orações e do otimismo mistico proposto por quem usa a religiosidade alheia para se favorecer. E não será um comovente falastrão o responsável por esta melhora da realidade.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Porque incomodamos muitas pessoas

Não utilizamos redes sociais, pois ficamos cansados de ver tantas mentiras e mensagens de ódio sendo veiculadas por estes meios. Mas um amigo nosso que ainda utiliza avisou a nossa equipe que textos nosso tem sido debatidos nas redes sociais causando imensa polêmica e acusações injustas de "difamação", embora nunca tivermos feito alguma acusação subjetiva sem provas.

O mesmo amigo também disse que junto com muitas mensagens de reprovação, recebemos também mensagens de concordância, o que sinaliza que o debate desmitificador nos fóruns dedicados ao "Espiritismo" estão bem acalorados, embora grande maioria ainda prefira defender falsos totens e dogmas absurdos. Mas é bom saber que os mitos supostamente "espíritas" estão sendo postos em dúvida.

O "Espiritismo" brasileiro surgiu como uma farsa desde o início. Francamente seguidor do igrejismo católico de Jean Baptiste Routaing (um advogado francês de orientação católica que acreditava em vida pós-morte), preferiu fingir ser kardeciano, por ver no pedagogo de Lyon uma isca de atração para novos fiéis, já que Roustaing sempre foi uma pessoa misteriosa e portanto, nada carismática.

A adoção dos ideais roustainguistas - falsamente atribuídos a Kardec, como se este tivesse as lançado - transformou o "Espiritismo" numa seita bagunçada, cheia de enxertos e muito longe do pensamento racional proposto pelo professor de Lyon e pelos espíritos que o orientaram, sobretudo ao digno e sempre sensato Erasto.

Esta bagunça estimulou o predomínio da fé cega e da pieguice hipnotizante que fez surgir uma espécie de fanatismo doentio que transformou meros médiuns, que deveriam ser meros intermediários entre espíritos mortos e vivos, em estrelas e garoto propagandas da seita. Uma idolatria que não encontrou limites e que faz com que seguidores ajam com feroz defesa nos momentos em que seus ídolos são criticados, mesmo de forma justa.

Este fanatismo, que impede a racionalidade proposta pelo Espiritismo original, faz com que muitos se incomodem com as nossas críticas e faz com que a simples leitura de um título divergente desperte a ira e as falsas acusações de difamação, mesmo sendo nossos textos críticas a erros fatídicos, realmente cometidos e dignas de serem comprovadas.

O fanatismo "espírita" despertou uma idolatria sem tamanho a supostos benfeitores que são admirados não pelo que eles fazem (a alegada benfeitoria destes não produz resultados eficientes) mas pelo que eles representam, pela mitologia de divinização construída em torno deles. A FEB não hesitou e transformar médiuns e palestrantes em divindades vivas e isso reforçou ainda mais o fanatismo de fiéis ingênuos, estimulando uma defesa apaixonada.

Isso explica os comentário odiosos, mas nada racionais contra o que escrevemos em nosso site. Os comentaristas dão sinais claros de que não leram nossos textos e que se se irritam só com a ideia de ver seus ídolos postos em dúvida. Até porque para quem acredita na divinização de personalidades, divinizar significa torná-los perfeitos e portanto, absolutos, a prova de qualquer tipo de dúvida.

Mas se pararmos para ler atentamente os tectos e analisarmos com atenção e racionalidade, perceberemos a sensatez contida e talvez um dia lembraremos que estávamos seguindo um seita de falsos mestres, dogmas sem pé nem cabeça e cuja caridade nada fez para tirar os mais pobres de sua situação indigna e desgraçada, apenas servindo de um malfadado consolo. Um mero paliativo.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Herculano Pires havia alertado sobre charlatanismo de Divaldo Franco

Como todos sabem, Herculano Pires sempre foi um verdadeiro espírita (sem aspas). Intelectual admirável, soube compreender melhor a doutrina original e por isso se tornou o melhor tradutor das obras de Allan Kardec. 

Herculano deveria ter sido a verdadeira imagem do Espiritismo brasileiro, no lugar de charlatães que, por carisma e simpatia, atraiam mais atenção do público do que o citado intelectual, tradutor da codificação.

Apesar de não concordar com a postura de Chico Xavier, Herculano tinha uma relação de amizade e respeito. Mesmo assim, evitava se meter nas polêmicas que denunciavam o charlatanismo do suposto médium mineiro. Mas quanto a Divaldo Franco, sucessor de Chico Xavier como garoto propaganda da seita roustainguista fundada pelos católicos da FEB, Herculano não escondeu sua desconfiança e escreveu uma carta denunciando o charlatanismo do orador baiano, charlatanismo que se estendia até na prática da (meramente paliativa) caridade, e que merece ser lida com atenção:

Carta de Herculano Pires endereçada ao jornalista Agnelo Morato

Você sabe que o Chico mudou-se de Pedro Leopoldo para Uberaba, arrancado ao seio da família e à cidadezinha do seu coração por força das manobras das Trevas através do seu pobre sobrinho. Lembra-se? E não se lembra que o tópico mais importante da carta do Chico ao Jô é aquele em que ele (Chico) afirma que são essas mesmas Trevas (a mesma falange) que está agora se servindo do Divaldo? Para que fim? Para que fim?!

Muito antes do “estouro” com o Chico eu já havia sido advertido espiritualmente a respeito do médium baiano. Durante meses evitei encontrar-me com ele, pois é sempre desagradável constatar uma situação mediúnica nessas condições. Quando me encontrei, tudo se confirmou. Não tenho, pois, nenhuma prevenção pessoal, nada particular contra ele. O que tenho é zelo, é prudência, é necessidade de por-me em guarda e evitar que os outros se entreguem de olhos fechados às manobras que infelizmente se desenvolvem através da palavra ilusória desse rapaz. Espero em Deus que ele (agora roustainguista confesso e novo ídolo da FEB) ainda encontre o seu momento de despertar, antes que esta encarnação se finde.

Do pouco que lhe revelei acima você deve notar que nada sobrou do médium que se possa aproveitar: conduta negativa como orador, com fingimento e comercialização da palavra, abrindo perigoso precedente em nosso movimento ingênuo e desprevenido; conduta mediúnica perigosa, reduzindo a psicografia a pastiche e plágio – e reduzindo a mediunidade a campo de fraudes e interferências (caso Nancy); conduta condenável no terreno da caridade, transformando-a em disfarce para a sustentação das posições anteriores, meio de defesa para a sua carreira sombria no meio espírita.

Você acha, Agnelo, que Emmanuel advertiria o Chico sem motivo? Que o Chico se recusaria a receber o Divaldo e escreveria uma carta como aquela ao Jô por despeito ou ciúme mediúnico? Você acredita que o Chico esteja obsedado e que o Divaldo seja uma vítima inocente? Que todas as trapaças do Divaldo sejam bênçãos do Céu para o nosso movimento? Que seja nossa obrigação acobertar e bater palmas a companheiros que têm esse procedimento, relatado acima apenas em parte?

Ainda hei de lhe contar um dia, pessoalmente, a trama que tive de ajudar alguns amigos a desfazer – uma trama maquiavélica, de tipo medieval, para pôr um “fim feliz” ao caso Chico-Divaldo, deixando o Chico na condição de ciumento e o outro na condição de vítima inocente.

Temos de ser, meu caro, mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes. Quem o disse foi o Cristo, que deve entender do assunto. E Kardec adverte, em “O Livro dos Espíritos”, Kardec e os Espíritos, que é obrigação dos homens de bem desmascarar os falsos profetas. Obrigação, veja bem, obrigação! Por isso não recuo diante (embora não me considere tão “de bem” assim…) diante dos casos de Divaldo, Hercílio Maes e Ramatis, Roustaing e FEB. Não será com a minha conivência que o joio sufocará o trigo da seara. Isso tem me custado caro, muito caro: mas Deus me tem ajudado a suportar o ônus. 

Sua carta é muito engraçada em certo sentido. Para defender o Divaldo você critica a minha posição em referência a três médiuns. Um é o Urbano, de quem você diz “o discutido Urbano”. Confesso que isso me surpreende. Soube, ainda em vida do Urbano, de um caso entre ele e o Russo, aí em Franca, que aliás me pareceu sem sentido. Fora disso, o que sempre vi foram demonstrações de confiança na mediunidade de Urbano, mesmo de parte daqueles que condenavam seu temperamento às vezes violento – pois a mediunidade é uma coisa e o temperamento é outra. Minha experiência de muitos anos com Urbano foi das mais felizes. Ainda não encontrei outro médium de tanta sensibilidade e que tantas provas me desse da sua legitimidade. E você deve saber que essa foi também a opinião do Schutel, do Leão Pita, do Baptista Pereira, do Odilon Negrão, do Wandick de Freitas, do Parigot de Sousa e tantos outros. Nunca o Urbano serviu de instrumento para mistificações conscientes ou para desvirtuamentos doutrinários. Tenho por ele o respeito que merecem os verdadeiros médiuns.

No caso Arigó, você diz que eu o defendi mesmo depois da sua queda. E como não fazê-lo? Ainda há pouco enviei a Matão uma entrevista, pedida pelo Jô, em que explico algo do assunto. Arigó, realmente, nos últimos tempos, deixou-se levar pelos interesses materiais, empolgou-se pelas possibilidades que se abriam diante dele, mas esteve longe de praticar os atos indígnos que lhe atribuíram os adversários. 

Esteve em grande perigo, mas a culpa foi mais dos espíritas do que dele. Era um homem rude, semialfabetizado, vivendo num burgo medieval dominado pelo clero. As instituições espíritas em geral só se interessaram pelos resultados positivos do seu trabalho, mas não lhe deram apoio. As Federações fizeram como Pilatos: lavaram as mãos na bacia de César. Em Marília, num congresso de jovens, a FEB proibiu que fosse votada uma moção a favor dele (que estava preso em Lafaiete), mas autorizou a votação de uma moção em favor da construção da sua sede em Brasília… Isso, sim, é que é dois pesos e duas medidas. Até que Arigó resistiu muito, demorou bastante a entrar em deterioração, e só não acabou no desastre completo porque o Fritz já havia dito que, na hora perigosa, o levaria para lá.

A morte de Arigó o salvou na hora “h”, no dia “d”. Cabe-nos agora aproveitar o saldo positivo que ele deixou e que é imenso. Por sinal que os seus erros eram pessoais, individuais. Nunca Arigó tentou levar os seus erros pessoais ao meio espírita como prática e exemplo. Errou por falta de visão, por envolvimento do meio, por falta de apoio moral. Nunca tivemos, porém, no campo da intervenção cirúrgica espiritual mediunidade maior. E não seríamos nós, agora que ele se foi, que o seu caso já se encerrou, não seríamos nós que iríamos desmoralizá-lo. A mediunidade é uma coisa e o médium é outra. Mas para os jejunos no assunto as duas coisas se misturam. Acusar Arigó depois de morto, por deslizes que não chegaram a comprometer a sua mediunidade, seria dar armas aos adversários e às Trevas. Além disso, na enxurrada de mentiras e calúnias lançadas contra ele há muita incompreensão espírita. O que nos interessa em Arigó é a espantosa mediunidade que enriqueceu o patrimônio das realidades espíritas na Terra. Você queria que eu o acusasse? 

No caso do Rizzini não há também intenção malévola alguma. Rizzini é médium e bom médium. Conheço-o há tempos e já tive boas experiências com ele. Se você acha que a sua atual produção psicográfica deixa a desejar, isso não me parece motivo suficiente para que eu o ataque ou desencoraje. Rizzini está se iniciando nesse campo novo e já produziu muita coisa boa, quase excelente. Não é um fingido nem um trapaceiro, mas um espírita corajoso e que deu mostras de sua fidelidade à doutrina nas horas difíceis, quando muita gente boa se encolheu, se fechou em copas. Ele é sincero, franco, leal – e às vezes até agressivo, mas dessa agressividade que caracteriza os espíritos corajosos. Não há a menor possibilidade de compará-lo ao perigo que Divaldo representa em nosso movimento. Entre Rizzini e Divaldo há o abismo da impostura.

Perdoe-e, caro Agnelo, se acaso usei de algumas frases ou expressões que poderão impressioná-lo. Escrevo-lhe de coração aberto, de irmão para irmão, tratando de assuntos que exigem clareza, posições definidas. A hora é de transição, de confusões, e devemos manter nossa posição com segurança. Não me seria possível calar nem desconversar diante da sua “provocação”. Aqui vai a resposta, caboclo velho, o tiro de trabuco desfechado na testa, como convém quando o tocaieiro escondido na moita ameaça a caravana desprevenida.

Não me queira mal. Nem me interprete mal. Divaldo me interessa como criatura humana, como nosso irmão, pelo qual devemos orar, pedir a Deus que o livre de maior envolvimento das trevas. Estou pronto para recebê-lo para o cafezinho, principalmente na sua companhia, mas sem que você ou ele alimente a vã esperança de me arredar da posição assumida. Como você viu acima, meus motivos são fortes demais, são de rocha. 

Perdoe-me se magoei a sua sensibilidade, principalmente nesse campo tão melindroso da afetividade. Com a qual Divaldo e outros da mesma linha costumam jogar com habilidade. Não trapaceio com o coração, com o sentimento. Louvo o seu interesse fraterno pelo Divaldo – ele necessita disso, e muito. Mas entendo que o Chico também precisa da nossa fidelidade, do nosso amor, da nossa gratidão. Ele não tomaria a atitude que tomou no caso por simples leviandade. Chico é uma personalidade espiritual formada no cadinho da dor, do sacrifício. Os seus guias espirituais são bastante conhecidos de nós todos. Que direito temos nós de rejeitar a sua advertência num caso como esse? Então ele só nos serviria quando fala em coisas que nos agradam?

Recomende-me ao Novelino, a d. Aparecida, aos seus familiares e aos amigos francanos. E não se esqueça, meu caro, de que estou escrevendo francamente para um francano…

Um grande e sincero abraço do:

HERCULANO

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Como funciona o "Holocausto do Bem"?

Antes, peço para que lei atentamente TODO O TEXTO até o final, palavra por palavra e com a mais extrema atenção, para evitar mal entendidos.

O que aconteceu na Alemanha de 1930 foi algo extremamente inaceitável e isso já é consenso para a maioria das pessoas. Mas, para os homens mais ricos do mundo, que mexem nas leis para que a ganância e a sede de poder sejam mantidas, o Nazismo foi benéfico. 

Eliminar os direitos dos mais carentes garante a concentração de renda e os lucros exorbitantes que garantem não apenas o dinheiro da vida nababesca como também uma grande quantidade para subornar lideranças a favorecer ainda mais esta concentração.

Mas assumir publicamente uma postura sádica pega muito mal e pode trazer prejuízos aos gananciosos. Por isso foi construído um sistema ideológico que legitime a concentração de renda e o poder dos mais ricos, fazendo a sociedade como um todo aceitar tudo como natural e permanente. 

O que acontece no Brasil de hoje é muito parecido com o que aconteceu na Alemanha de 1930 - inclusive a origem, uma crise econômica explosiva em 2008 tal e qual o crack da bolsa em 1929. Mas a necessidade de esconder a vilania dos magnatas exigiu um golpe mais sutil.

O que acabou ocorrendo foi uma espécie de Holocausto do Bem, em que a crueldade é praticada de uma forma mais discreta, gerando lentamente e sem aparecer, o mesmo dano causado pelo Holocausto alemão, pois a meta dos homens mais ricos de diminuir a quantidade de beneficiários deve ser mantida.

O Golpe de 2016 foi encomendado por grandes forças capitalistas para que a crise econômica mundial de 2008 não prejudicasse o poder dos mais ricos, que não abrem mão do excesso financeiro para que com um volume gigantesco de dinheiro eles possam manobrar o sistema a seu favor. 

O golpista Michel Temer foi o escolhido para este "missão" e as reformas feitas em seu (des)governo, além das vendas de bens púbicos (feitos sem consulta popular, pois o povo é o legítimo dono do bem público, o que significa que Michel Temer vende produto roubado) tem esta finalidade de arruinar com as vidas dos mais pobres, igual ao que tradicionalmente se faz em grande parte dos países africanos, no Haiti e em países como Bangladesh.

Mas tudo é feito de forma bem sutil, com a ajuda de instituições outrora respeitáveis como mídia e judiciário e com o apoio irrestrito de religiões, criadas para forjar uma bondade que pudesse acalmar as almas desesperadas pelos direitos que vão sendo desrespeitados por quem se acha melhor que os outros e por isso deve ganhar muito mais do que qualquer outra pessoa.

A religião se tornou uma grande cúmplice destes homens maldosos e fazem de tudo para que o mundo dê sinais de melhora sem precisar acabar com a ganância dos mais ricos. Forjar a bondade dos maus através de uma caridade paliativa e de orações inócuas, junto com um festival de lendas e festejos que fazem a humanidade pensar que estão sob o comando dos bons, ajuda a manter a farsa e deixar a sociedade repousando em uma falsa tranquilidade.

Além disso, era preciso criminalizar as lideranças que trabalham em prol dos pobres. Difamar as esquerdas, inventando casos de "corrupção" por meio de mentiras para que essas lideranças percam a credibilidade e não possam agir em prol dos mais carentes. 

No lugar destas lideranças de esquerda, coloca-se lideres religiosos que adotarão formas de altruísmo menos eficientes, que não ameacem a ganância dos mais ricos, apenas amenizando a situação dos mais pobres, que continuarão sofrendo, mas menos revoltados.

Por isso que o "Espiritismo" brasileiro, uma religião de elite em prol das elites, que em mais de 100 anos não conseguiu transformar o país, apoiou o Golpe de 2016 que vai gerar o Holocausto do Bem caso todas as medidas de Temer não sejam revogadas. É preciso proteger os interesses dos magnatas que para a seita são a "reencarnação dos bons", uma outra falácia criada para manter as injustiças que garantem a concentração de renda.

Tudo tem sido feito para manter o Brasil na miséria crônica, mas de forma mais sutil para que a imagem de vilania de lideranças capitalistas não traga prejuízo a elas. Por isso foi necessário fazer um ato de crueldade cada vez mais sutil, para que as pessoas não percebam a tragédia que se instala aos poucos e que arrasa com verdadeira multidões. 

domingo, 31 de dezembro de 2017

"O apoio do "Espiritismo" brasileiro ao Holocausto do Bem imposto pelos golpistas

O "Espiritismo" brasileiro apoiou claramente o golpe de 2016. E ainda apoia. Crente de que o mal do país e a abstrata corrupção (que na verdade tem como raiz a ganância humana que os "espíritas" se recusam a combater), recorre a um moralismo tosco e medieval para tentar "melhorar o país" através da caridade paliativa e da condenação de inimigos políticos subjetivamente acusados de "corrupção", mesmo sem ter cometido de fato. E para piorar, ainda apoia as sádicas reformas golpistas.

O apoio às reformas sinaliza uma aproximação cada vez maior dos "espíritas" brasileiros com a medieval Teologia do Sofrimento. Isso é algo que desmonta definitivamente a fama de "progressista" tradicionalmente associada a seita. Este apoio ao golpe pode mostrar também algo bem pior: o compromisso com a humanidade dos "espíritas" é uma farsa.

É bem alertado por especialistas que as reformas de Temer, junto com o desmonte de nossas empresas estatais e de capital misto, vão gerar danos catastróficos à economia brasileira e pode institucionalizar o caos já instaurado pelo golpe de 2016. Um sério conjunto de medidas que pode gerar danos não somente graves como irreversíveis, o que mostra a irresponsabilidade das lideranças "espíritas", hoje comprovados como falsos sábios.

Poderemos tranquilamente definir as reformas como um "Holocausto do Bem", cujas medidas são muito mais discretas que as tomadas pela trágica gestão alemã dos anos 1930, mas não menos cruéis. O cenário atual do Brasil guarda muitos pontos semelhantes com a Alemanha da década de 30.

A meta dos ricaços apoiados pelos "espíritas" brasileiros é certamente transformar o Brasil em uma África, com uma gigantesca multidão de miseráveis jogados pelas ruas enquanto magnatas seguem confortáveis dentro de suas refrigeradas mansões, dando prêmios para lideranças "espíritas permanecerem caladas e inertes.

A adesão decisiva do "Espiritismo" brasileiro à Teologia do Sofrimento mostra que a seita está cada vez mais afinada com o golpe e os golpistas e age com uma negligente crueldade que desmente a vocação caridosa da doutrina brasileira. O apoio ao golpe pode sair caro aos "espíritas" 

Com a população cada vez mais ciente dos danos das medidas golpistas, centros "espíritas" se esvaziam cada vez mais, pois ninguém é trouxa para passar a achar que sofrer é bom. E o desprezo popular pelas lideranças golpistas apoiadas pelas lideranças "espíritas" pode contribuir ainda mais para a falência do "Espiritismo" brasileiro que, sem novas lideranças e sem ter mais o que dizer, caminha silenciosamente para o seu humilhante fim.