OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

IMPORTANTE: Este blogue não tem a pretensão de ser um site científico e nem de ser uma fonte para estudos. Apenas lançamos as questões e estimulamos o debate e a análise, servindo apenas para ponto de partida para estudos mais detalhados. Para quem quiser se aprofundar mais, recomendamos a literatura detalhada das obras de Allan Kardec - principalmente "O que é o Espiritismo" e visitar fóruns especializados, que não façam parte da Federação "Espírita" Brasileira.

Os textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e correspondem ao ponto de vista pessoal de seus responsáveis, sejam ou não resultado de estudos.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

No mercado de trabalho, incompetentes são demitidos. E na caridade "espírita"?

É comum vermos em empresas de diversos tipos, funcionários incompetentes que não conseguem cumprir as suas funções ou fazem de forma insatisfatória. O que fazem os patrões e gestores quando percebem que aquele funcionário não corresponde a função para qual ele foi contratado? Ora, demitem.

E o que fazem os fiéis do "Espiritismo" quando os seus filantropos se mostram incompetentes e a caridade supostamente praticada não oferece o resultado desejado. São mantidos, sua reputação melhora e se tornam até mesmo blindados, imunes a todo tipo de crítica.

Desde que se instalou no Brasil, o "Espiritismo" havia rompido de forma decisiva com a racionalidade kardeciana. Kardec só serve como objeto de bajulação e de cartório a autenticar absurdos como a lenda das "crianças índigo". Na essência, o "Espiritismo" brasileiro virou uma igreja de fé cega e de idolatria doentia que estimula o mais narcótico fanatismo, que na forma difere um pouco do fanatismo de outras religiões.

Este fanatismo coloca Chico Xavier e Divaldo Franco como objetos de uma doentia adoração. Seguidores do "Espiritismo" não conseguem se livrar da idolatria mesmo sendo reveladas características que comprovam se tratar de falsos profetas e de filantropos incompetentes.

Cegos na admiração a esses ídolos, como alguém que não consegue largar um narcótico, os fiéis "espíritas"se mostram confusos diante de revelações que vão contra os mitos de progresso e intelectualidade atribuídos a esses dois farsantes. Tentam, como se pudessem mudar os fatos ocorridos na realidade, a exigir dos seus ídolos que se moldem às expectativas sonhadas pelos seus admiradores.

Para quem é viciado em pessoas, é muito difícil largar seus ídolos. Mesmo que a doutrina consiga seguir normalmente sem esses dois falsos profetas, os admiradores dos dois não conseguem desistir da idolatria, transformando Chico e Divaldo em ópios humanos. Há um jornalista que decidiu largar o "Espiritismo" mas não largo Chico e Divaldo, acreditando ser estes os "autênticos filantropos".

Mau negócio. De que adianta largar a versão deturpada do "Espiritismo" se não larga seus maiores deturpadores? Seria como largar a matéria chata da escola, mas pegando as fotos dos professores para pendurar na parede da casa do aluno que odeia a matéria.

Façamos como os empresários decentes: vamos despedir quem é incompetente. Não perceberam que na "gestão" da filantropia "espírita", Chico e Divaldo não conseguiram mudar a sociedade para melhor? Mesmo com a "orientação sábia" de ambos, ainda temos muita injustiça? E a relevação recente do apoio de ambos a ideologias egoístas, lhes tirou a máscara da falsa filantropia? 

Acordemos desse sonho lindo da falsa filantropia e descartemos o mais rápido possível desse dois farsantes. Muitas décadas de idolatria foram incapazes de melhorar a realidade. Se queremos melhorar o mundo, façamos nós mesmos, sem depender de falsos profetas para que a humanidade progrida.

Nunca precisamos de Chico Xavier e de Divaldo Franco. Eles nada fizeram para que a sociedade melhorasse e se tornasse mais justa e próspera. Não sou eu que estou dizendo. Os resultados da filantropia desses dois farsantes esta aí. É só olhar ao redor.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

A caridade de Divaldo Franco x A caridade de Lula


A caridade de Divaldo Franco:
- Gerencia uma instituição de caridade onde alguns pobres são mantidos;
- Escreve livros e faz palestras baseados no moralismo cristão;
- Cria mensagens que consolam os sofredores sem tirá-los do sofrimento;
- Supostamente recebe mensagens de consolo de espíritos supostamente superiores;
- Defendeu que problemas complexos fossem eliminados apenas com orações e rezas;
- Tenta esclarecer dúvidas sobre diversos assuntos sob a ótica moralista cristã.

A caridade de Lula:
- Permitiu leis que dessem dignidade ao povo pobre;
- Lutou para que os problemas cotidianos pudessem ser eliminados;
- Permitiu que jovens carentes pudessem ir estudar nas faculdades;
- Construiu várias faculdades pelo país todo;
- Transformou o Brasil em uma potência;
- Fortaleceu empresas nacionais tornando-as competitivas mundialmente;
- Quitou a dívida externa e fortaleceu a economia nacional;
- Realizou obras, devidamente concluídas, que resolveram problemas da população carente;
- Criou programas que pudessem inserir os pobres na economia;
- Reduziu o índice de desemprego e aumentou com relativa rapidez o salário minimo;
- Conseguiu que deputados e senadores de diversas ideologias chegassem a acordos;
- Seu exemplo é objeto de estudo de assuntos políticos em faculdades de todo o planeta;
- Fez o Brasil ser respeitado e admirado pelas nações estrangeiras.

E agora? Decida qual dos dois é o mais caridoso.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Ensinando "espíritas" a fazer caridade

Apesar dos "espíritas" ganharem respeito de forças progressistas, o tipo de caridade praticada pelos seguidores de Chico Xavier nunca foi além do conceito de altruísmo entendido e defendido pelos conservadores: uma caridade paliativa, que não elimina miséria e desgraça e que nunca traz a verdadeira dignidade, servindo apenas de mero consolo diante de problemas que nunca acabam.

É estranho ver uma forma de caridade precária e paliativa ser tão exaltada pela sociedade, mesmo sem oferecer resultados reais. Há décadas esse tipo de caridade é praticado sem causar uma pequenina mudança na sociedade como um todo. Lideranças "espíritas" tidas como "maiores filantropos do mundo" são endeusadas praticamente de graça, por causa de altruísmo inócuo.

Será que lideranças "espíritas" tem que fazer curso de altruísmo, para saber como se faz a verdadeira caridade, aquela que ELIMINA PROBLEMAS e que seja responsável por transformações reais na sociedade como um todo. Ou "espíritas" são tão molengas que tem medo de grandes empresários, fazendo vista grossa a crônica ganância sempre demonstrada por estes?

É preciso lutar com todas as forças para que PROBLEMAS SEJAM ENCERRADOS. Não são palestras bonitinhas como as que ocorrem na festiva, mas inútil, campanha Você e a Paz que irão eliminar problemas. É fácil dizer para o ganancioso deixar de ser ganancioso. Difícil é cobrar do ganancioso que ele largue a ganância. 

Quando "espíritas" se encontram com gananciosos, é só para receber prêmios. E sair sem falar nada. Prêmios são uma ótima forma de estimular a passividade e  silêncio conformista. E é jogada fora uma excelente oportunidade de colocar autoridades na parede e exigir que façam coisas para que os problemas que perpetuam as injustiças sejam eliminados.

Os governos progressistas, que possuem mais senso de altruísmo que qualquer "espírita", tentaram fazer medidas que eliminassem as desigualdades sociais. Mas as grandes e gananciosas elites do dinheiro, com sua capacidade infinita de comprar tudo e todos, agiram rapidamente como forte e sólida barreira para o progresso humanitário. 

Essas elites fizeram de tudo para impedir a ação de progressistas, culminando no golpe de 2016. Golpe que os "espíritas" apoiaram e ainda apoiam. Apesar de haver progressistas que ingenuamente seguem o "Espiritismo" brasileiro. certamente pensando que Chico Xavier, que odiava movimentos sociais, era um militante guevarista.

Estranho ver lideranças "espíritas" que se consideram "senhores do universo" agirem como carneirinhos mudos quando se encontram com capitalistas, saindo mudos e entrando calados sem sequer reivindicar uma só medida de benefício aos mais carentes. Nem que seja apenas o asfaltamento de 1km de uma rua.

A caridade "espírita" deve ser diferenciada. Deve ser combativa e não consoladora. Os problemas devem ser eliminados e os mais carentes tirados da pobreza. As palestras devem ser duras com os poderosos - entenda como poderosos os donos do dinheiro e não os políticos surrados injustamente pela mídia corporativa, esta quase sempre mentirosa e manipuladora - exigindo a melhoria da distribuição de renda e direitos.

Mesmo que o "Espiritismo" seja uma religião de elite, atraindo para si gente abastada que usa a fé religiosa como capa para esconder a sua real ganância, deveria se lembrar do sempre esquecido, mas bajulado com frequência, Allan Kardec que disse que "fora da caridade não há salvação". Caridade não é dar um paliativo para que desgraçados aguentem o problema que nunca acaba. É tirar os mais carentes da desgraça. 

A opção dos "espíritas pela medieval Teologia do Sofrimento está sendo um grave erro que além de causar gigantescos estragos, afasta cada vez mais seguidores da doutrina, pois ninguém está a fim de seguir uma ideologia que diz que "sofrer é maravilhoso". 

Com isso, o "Espiritismo", que vive inventando que é a religião que mais cresce no país, reduziu seus seguidores dos estagnados 2% para 1,8% dos brasileiros, com sério risco de cair rapidamente para 0% se não descartar seus dogmas sem pé nem cabeça e a sadomasoquista ideia da Teologia do Sofrimento, que alega que "sofrer é bom demais para a evolução humana".

Se os "espíritas" não se empenharem em eliminar a miséria e as injustiças sociais, usando a caridade apenas como forma de canonizar as suas lideranças, vai se revelar cada vez mais um engodo igrejeiro que serve apenas para iludir almas ingênuas a acreditar que orações com palavras prontas mudam o mundo. Fazemos isso a mais de 2000 anos e tudo caminha para a piora cada vez maior.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

O respeito dos charlatães do "espiritismo" diante dos leigos

O "Espiritismo" brasileiro está em franca decadência. Perde seguidores a cada dia e não possui uma nova liderança a suceder o muito idoso Divaldo Franco. Sem condições de explicar a realidade e totalmente cheia de contradições, o "Espiritismo" brasileiro se mostra um fracasso quase irreversível.

Mas o "Espiritismo" brasileiro tem uma carta debaixo da manga. Um detalhe que pode favorecer a deturpada doutrina é o respeito que ela ainda te perante os leigos, aqueles que não seguem nem mesmo a versão deturpada que se instalou no Brasil. 

Leigos só costumam ver defeitos nos neo-pentecostais, fechando os olhos para os silenciosos escândalos que acontecem na seita popularizada pelo beato católico Chico Xavier. Para quem está fora, o "Espiritismo" é uma religião sem defeitos, respeitável, altruísta e progressista, sem deturpações e cujas lideranças são completamente ilibadas.

Os escândalos que ocorrem no "Espiritismo" permanecem apenas no meio, pois a mídia os esconde. Discretos, os líderes do "Espiritismo" costumam lançar mão de todas as formas para que a reputação deles permaneça intocável. Isso pode favorecer que mesmo em decadência e perdendo seguidores, o "Espiritismo" possa angariar novos seguidores.

Como fora do "Espiritismo"deturpado e também do Espiritismo original a reputação segue intacta, com o prestígio supostamente altruísta de suas lideranças mantido intacto, é possível, mas não provável que novos seguidores passem a se interessar pela deturpada doutrina, como forma de aderir a uma religião estigmatizada como uma novidade progressista.

Outras religiões tem decepcionado muita gente. A corrupção de neo-pentecostais e o envolvimento de católicos com pedofilia tem afastado muitos fiéis que continuam a procura de uma seita cristã para seguir. Como os escândalos de deturpação e provável enriquecimento ilícito de "espíritas" passa longe de seu conhecimento, a doutrina passa a ser uma opção para cristãos frustrados.

É preciso impedir a perpetuação do "Espiritismo" brasileiro, uma doutrina comprovadamente contraditória, charlatã, incompetente no trabalho de caridade e claramente conservadora. É preciso que os erros da doutrina sejam conhecidos pelo grande público para que este não seja enganado pelas promessas vazias de uma seita que finge ser progressista sem ser.

Temos que tomar cuidado com o "Espiritismo" brasileiro que tem condições de atrair um bom número de ingênuos a substituir os fiéis que estão saindo. Divulgar os escândalos dentro da doutrina é uma forma de caridade e se não for feita, a evolução humanitária irá travar graças às mentiras, contradições e promessas de uma religião que sempre assume o oposto do que realmente é.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A maior mentira de Divaldo Franco

O auge do que os brasileiros conhecem erradamente como "Espiritismo" foi durante o modismo da "Nova Era", iniciado no começo dos anos 90 como suposta preparação para o Século XXI. A Nova Era se mostrou uma farsa criada por seitas místicas, o que está sendo comprovado por um assustador retrocesso que pretende anular grande parte das conquistas do século XX, nos devolvendo ao obscurantismo neo-medieval do século XIX.

Mas mesmo com a falácia da Nova Era se comprovando como farsa, sacerdotes "espíritas" ainda continuam  a verborragizar sobre o assunto, como se ainda tivéssemos a esperança de, num piscar de olhos, tornarmos seres humanos melhores só porque alguma divindade decidiu. E Divaldo Franco parece ser a mais empolgada liderança a falar sobre a Nova Era.

Divaldo ainda fala em entrevistas e palestras sobre a Nova Era porque ainda acredita nesta tese. O suposto médium é entusiasta de ideologias místicas e não perde a oportunidade de eleger o misticismo como substituto da ciência, como se a crença em alguma tolice esotérica possa ser garantida e afirmada sem a menor racionalidade.

A fama de "maior altruísta da atualidade" lhe garante o prestígio que permite com que muitos incautos ainda lhe deem ouvidos mesmo percebendo que a humanidade caminha para o fracasso, graças a um retrocesso imposto pelos capitalistas gananciosos que governam o mundo e que não são criticados pelo delirante suposto médium. A sociedade está cada vez mais ignorante e sádica e os dogmas criados pelos "espíritas" contradizem esta realidade.

Mal sabe Divaldo que a insistência em falar sobre a lorota da Nova Era tem feito muita gente abandonar o "Espiritismo" por perceber ser na verdade uma doutrina de absurdos e contradições. A realidade já demonstra que o "Espiritismo" virou uma seita de fé cega incapaz de explicar os problemas cotidianos, preferindo ficar no lenga lenga das orações e do culto à supostas divindades, incluindo os próprios lideres "espíritas", convenientemente transformados em "deuses" vivos.

Distanciado de Allan Kardec, este reduzido a mero objeto de bajulação, Divaldo entendeu errado o conceito de evolução humanitária. Kardec falou que a evolução seria LENTA e GRADUAL. Pelo jeito, Para Divaldo e vários "espíritas", "lenta" e "gradual" tem a velocidade de um trem bala sem freio.

 A maior mentira proferida pelo "Espiritismo" brasileiro ainda é difundida por Divaldo Franco, seu maior sacerdote, que no final da vida, pretende entrar para a posteridade como "sábio máximo" mesmo sendo o maior representante de um embuste criado para enganar incautos que não satisfeitos em acreditar na reencarnação, querem acreditar em um monte de lorotas para fugir da realidade que se recusam a melhorar. 

Melhorar a realidade exige esforço intenso e vai muito além de orações e do otimismo mistico proposto por quem usa a religiosidade alheia para se favorecer. E não será um comovente falastrão o responsável por esta melhora da realidade.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Porque incomodamos muitas pessoas

Não utilizamos redes sociais, pois ficamos cansados de ver tantas mentiras e mensagens de ódio sendo veiculadas por estes meios. Mas um amigo nosso que ainda utiliza avisou a nossa equipe que textos nosso tem sido debatidos nas redes sociais causando imensa polêmica e acusações injustas de "difamação", embora nunca tivermos feito alguma acusação subjetiva sem provas.

O mesmo amigo também disse que junto com muitas mensagens de reprovação, recebemos também mensagens de concordância, o que sinaliza que o debate desmitificador nos fóruns dedicados ao "Espiritismo" estão bem acalorados, embora grande maioria ainda prefira defender falsos totens e dogmas absurdos. Mas é bom saber que os mitos supostamente "espíritas" estão sendo postos em dúvida.

O "Espiritismo" brasileiro surgiu como uma farsa desde o início. Francamente seguidor do igrejismo católico de Jean Baptiste Routaing (um advogado francês de orientação católica que acreditava em vida pós-morte), preferiu fingir ser kardeciano, por ver no pedagogo de Lyon uma isca de atração para novos fiéis, já que Roustaing sempre foi uma pessoa misteriosa e portanto, nada carismática.

A adoção dos ideais roustainguistas - falsamente atribuídos a Kardec, como se este tivesse as lançado - transformou o "Espiritismo" numa seita bagunçada, cheia de enxertos e muito longe do pensamento racional proposto pelo professor de Lyon e pelos espíritos que o orientaram, sobretudo ao digno e sempre sensato Erasto.

Esta bagunça estimulou o predomínio da fé cega e da pieguice hipnotizante que fez surgir uma espécie de fanatismo doentio que transformou meros médiuns, que deveriam ser meros intermediários entre espíritos mortos e vivos, em estrelas e garoto propagandas da seita. Uma idolatria que não encontrou limites e que faz com que seguidores ajam com feroz defesa nos momentos em que seus ídolos são criticados, mesmo de forma justa.

Este fanatismo, que impede a racionalidade proposta pelo Espiritismo original, faz com que muitos se incomodem com as nossas críticas e faz com que a simples leitura de um título divergente desperte a ira e as falsas acusações de difamação, mesmo sendo nossos textos críticas a erros fatídicos, realmente cometidos e dignas de serem comprovadas.

O fanatismo "espírita" despertou uma idolatria sem tamanho a supostos benfeitores que são admirados não pelo que eles fazem (a alegada benfeitoria destes não produz resultados eficientes) mas pelo que eles representam, pela mitologia de divinização construída em torno deles. A FEB não hesitou e transformar médiuns e palestrantes em divindades vivas e isso reforçou ainda mais o fanatismo de fiéis ingênuos, estimulando uma defesa apaixonada.

Isso explica os comentário odiosos, mas nada racionais contra o que escrevemos em nosso site. Os comentaristas dão sinais claros de que não leram nossos textos e que se se irritam só com a ideia de ver seus ídolos postos em dúvida. Até porque para quem acredita na divinização de personalidades, divinizar significa torná-los perfeitos e portanto, absolutos, a prova de qualquer tipo de dúvida.

Mas se pararmos para ler atentamente os tectos e analisarmos com atenção e racionalidade, perceberemos a sensatez contida e talvez um dia lembraremos que estávamos seguindo um seita de falsos mestres, dogmas sem pé nem cabeça e cuja caridade nada fez para tirar os mais pobres de sua situação indigna e desgraçada, apenas servindo de um malfadado consolo. Um mero paliativo.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Herculano Pires havia alertado sobre charlatanismo de Divaldo Franco

Como todos sabem, Herculano Pires sempre foi um verdadeiro espírita (sem aspas). Intelectual admirável, soube compreender melhor a doutrina original e por isso se tornou o melhor tradutor das obras de Allan Kardec. 

Herculano deveria ter sido a verdadeira imagem do Espiritismo brasileiro, no lugar de charlatães que, por carisma e simpatia, atraiam mais atenção do público do que o citado intelectual, tradutor da codificação.

Apesar de não concordar com a postura de Chico Xavier, Herculano tinha uma relação de amizade e respeito. Mesmo assim, evitava se meter nas polêmicas que denunciavam o charlatanismo do suposto médium mineiro. Mas quanto a Divaldo Franco, sucessor de Chico Xavier como garoto propaganda da seita roustainguista fundada pelos católicos da FEB, Herculano não escondeu sua desconfiança e escreveu uma carta denunciando o charlatanismo do orador baiano, charlatanismo que se estendia até na prática da (meramente paliativa) caridade, e que merece ser lida com atenção:

Carta de Herculano Pires endereçada ao jornalista Agnelo Morato

Você sabe que o Chico mudou-se de Pedro Leopoldo para Uberaba, arrancado ao seio da família e à cidadezinha do seu coração por força das manobras das Trevas através do seu pobre sobrinho. Lembra-se? E não se lembra que o tópico mais importante da carta do Chico ao Jô é aquele em que ele (Chico) afirma que são essas mesmas Trevas (a mesma falange) que está agora se servindo do Divaldo? Para que fim? Para que fim?!

Muito antes do “estouro” com o Chico eu já havia sido advertido espiritualmente a respeito do médium baiano. Durante meses evitei encontrar-me com ele, pois é sempre desagradável constatar uma situação mediúnica nessas condições. Quando me encontrei, tudo se confirmou. Não tenho, pois, nenhuma prevenção pessoal, nada particular contra ele. O que tenho é zelo, é prudência, é necessidade de por-me em guarda e evitar que os outros se entreguem de olhos fechados às manobras que infelizmente se desenvolvem através da palavra ilusória desse rapaz. Espero em Deus que ele (agora roustainguista confesso e novo ídolo da FEB) ainda encontre o seu momento de despertar, antes que esta encarnação se finde.

Do pouco que lhe revelei acima você deve notar que nada sobrou do médium que se possa aproveitar: conduta negativa como orador, com fingimento e comercialização da palavra, abrindo perigoso precedente em nosso movimento ingênuo e desprevenido; conduta mediúnica perigosa, reduzindo a psicografia a pastiche e plágio – e reduzindo a mediunidade a campo de fraudes e interferências (caso Nancy); conduta condenável no terreno da caridade, transformando-a em disfarce para a sustentação das posições anteriores, meio de defesa para a sua carreira sombria no meio espírita.

Você acha, Agnelo, que Emmanuel advertiria o Chico sem motivo? Que o Chico se recusaria a receber o Divaldo e escreveria uma carta como aquela ao Jô por despeito ou ciúme mediúnico? Você acredita que o Chico esteja obsedado e que o Divaldo seja uma vítima inocente? Que todas as trapaças do Divaldo sejam bênçãos do Céu para o nosso movimento? Que seja nossa obrigação acobertar e bater palmas a companheiros que têm esse procedimento, relatado acima apenas em parte?

Ainda hei de lhe contar um dia, pessoalmente, a trama que tive de ajudar alguns amigos a desfazer – uma trama maquiavélica, de tipo medieval, para pôr um “fim feliz” ao caso Chico-Divaldo, deixando o Chico na condição de ciumento e o outro na condição de vítima inocente.

Temos de ser, meu caro, mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes. Quem o disse foi o Cristo, que deve entender do assunto. E Kardec adverte, em “O Livro dos Espíritos”, Kardec e os Espíritos, que é obrigação dos homens de bem desmascarar os falsos profetas. Obrigação, veja bem, obrigação! Por isso não recuo diante (embora não me considere tão “de bem” assim…) diante dos casos de Divaldo, Hercílio Maes e Ramatis, Roustaing e FEB. Não será com a minha conivência que o joio sufocará o trigo da seara. Isso tem me custado caro, muito caro: mas Deus me tem ajudado a suportar o ônus. 

Sua carta é muito engraçada em certo sentido. Para defender o Divaldo você critica a minha posição em referência a três médiuns. Um é o Urbano, de quem você diz “o discutido Urbano”. Confesso que isso me surpreende. Soube, ainda em vida do Urbano, de um caso entre ele e o Russo, aí em Franca, que aliás me pareceu sem sentido. Fora disso, o que sempre vi foram demonstrações de confiança na mediunidade de Urbano, mesmo de parte daqueles que condenavam seu temperamento às vezes violento – pois a mediunidade é uma coisa e o temperamento é outra. Minha experiência de muitos anos com Urbano foi das mais felizes. Ainda não encontrei outro médium de tanta sensibilidade e que tantas provas me desse da sua legitimidade. E você deve saber que essa foi também a opinião do Schutel, do Leão Pita, do Baptista Pereira, do Odilon Negrão, do Wandick de Freitas, do Parigot de Sousa e tantos outros. Nunca o Urbano serviu de instrumento para mistificações conscientes ou para desvirtuamentos doutrinários. Tenho por ele o respeito que merecem os verdadeiros médiuns.

No caso Arigó, você diz que eu o defendi mesmo depois da sua queda. E como não fazê-lo? Ainda há pouco enviei a Matão uma entrevista, pedida pelo Jô, em que explico algo do assunto. Arigó, realmente, nos últimos tempos, deixou-se levar pelos interesses materiais, empolgou-se pelas possibilidades que se abriam diante dele, mas esteve longe de praticar os atos indígnos que lhe atribuíram os adversários. 

Esteve em grande perigo, mas a culpa foi mais dos espíritas do que dele. Era um homem rude, semialfabetizado, vivendo num burgo medieval dominado pelo clero. As instituições espíritas em geral só se interessaram pelos resultados positivos do seu trabalho, mas não lhe deram apoio. As Federações fizeram como Pilatos: lavaram as mãos na bacia de César. Em Marília, num congresso de jovens, a FEB proibiu que fosse votada uma moção a favor dele (que estava preso em Lafaiete), mas autorizou a votação de uma moção em favor da construção da sua sede em Brasília… Isso, sim, é que é dois pesos e duas medidas. Até que Arigó resistiu muito, demorou bastante a entrar em deterioração, e só não acabou no desastre completo porque o Fritz já havia dito que, na hora perigosa, o levaria para lá.

A morte de Arigó o salvou na hora “h”, no dia “d”. Cabe-nos agora aproveitar o saldo positivo que ele deixou e que é imenso. Por sinal que os seus erros eram pessoais, individuais. Nunca Arigó tentou levar os seus erros pessoais ao meio espírita como prática e exemplo. Errou por falta de visão, por envolvimento do meio, por falta de apoio moral. Nunca tivemos, porém, no campo da intervenção cirúrgica espiritual mediunidade maior. E não seríamos nós, agora que ele se foi, que o seu caso já se encerrou, não seríamos nós que iríamos desmoralizá-lo. A mediunidade é uma coisa e o médium é outra. Mas para os jejunos no assunto as duas coisas se misturam. Acusar Arigó depois de morto, por deslizes que não chegaram a comprometer a sua mediunidade, seria dar armas aos adversários e às Trevas. Além disso, na enxurrada de mentiras e calúnias lançadas contra ele há muita incompreensão espírita. O que nos interessa em Arigó é a espantosa mediunidade que enriqueceu o patrimônio das realidades espíritas na Terra. Você queria que eu o acusasse? 

No caso do Rizzini não há também intenção malévola alguma. Rizzini é médium e bom médium. Conheço-o há tempos e já tive boas experiências com ele. Se você acha que a sua atual produção psicográfica deixa a desejar, isso não me parece motivo suficiente para que eu o ataque ou desencoraje. Rizzini está se iniciando nesse campo novo e já produziu muita coisa boa, quase excelente. Não é um fingido nem um trapaceiro, mas um espírita corajoso e que deu mostras de sua fidelidade à doutrina nas horas difíceis, quando muita gente boa se encolheu, se fechou em copas. Ele é sincero, franco, leal – e às vezes até agressivo, mas dessa agressividade que caracteriza os espíritos corajosos. Não há a menor possibilidade de compará-lo ao perigo que Divaldo representa em nosso movimento. Entre Rizzini e Divaldo há o abismo da impostura.

Perdoe-e, caro Agnelo, se acaso usei de algumas frases ou expressões que poderão impressioná-lo. Escrevo-lhe de coração aberto, de irmão para irmão, tratando de assuntos que exigem clareza, posições definidas. A hora é de transição, de confusões, e devemos manter nossa posição com segurança. Não me seria possível calar nem desconversar diante da sua “provocação”. Aqui vai a resposta, caboclo velho, o tiro de trabuco desfechado na testa, como convém quando o tocaieiro escondido na moita ameaça a caravana desprevenida.

Não me queira mal. Nem me interprete mal. Divaldo me interessa como criatura humana, como nosso irmão, pelo qual devemos orar, pedir a Deus que o livre de maior envolvimento das trevas. Estou pronto para recebê-lo para o cafezinho, principalmente na sua companhia, mas sem que você ou ele alimente a vã esperança de me arredar da posição assumida. Como você viu acima, meus motivos são fortes demais, são de rocha. 

Perdoe-me se magoei a sua sensibilidade, principalmente nesse campo tão melindroso da afetividade. Com a qual Divaldo e outros da mesma linha costumam jogar com habilidade. Não trapaceio com o coração, com o sentimento. Louvo o seu interesse fraterno pelo Divaldo – ele necessita disso, e muito. Mas entendo que o Chico também precisa da nossa fidelidade, do nosso amor, da nossa gratidão. Ele não tomaria a atitude que tomou no caso por simples leviandade. Chico é uma personalidade espiritual formada no cadinho da dor, do sacrifício. Os seus guias espirituais são bastante conhecidos de nós todos. Que direito temos nós de rejeitar a sua advertência num caso como esse? Então ele só nos serviria quando fala em coisas que nos agradam?

Recomende-me ao Novelino, a d. Aparecida, aos seus familiares e aos amigos francanos. E não se esqueça, meu caro, de que estou escrevendo francamente para um francano…

Um grande e sincero abraço do:

HERCULANO

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Como funciona o "Holocausto do Bem"?

Antes, peço para que lei atentamente TODO O TEXTO até o final, palavra por palavra e com a mais extrema atenção, para evitar mal entendidos.

O que aconteceu na Alemanha de 1930 foi algo extremamente inaceitável e isso já é consenso para a maioria das pessoas. Mas, para os homens mais ricos do mundo, que mexem nas leis para que a ganância e a sede de poder sejam mantidas, o Nazismo foi benéfico. 

Eliminar os direitos dos mais carentes garante a concentração de renda e os lucros exorbitantes que garantem não apenas o dinheiro da vida nababesca como também uma grande quantidade para subornar lideranças a favorecer ainda mais esta concentração.

Mas assumir publicamente uma postura sádica pega muito mal e pode trazer prejuízos aos gananciosos. Por isso foi construído um sistema ideológico que legitime a concentração de renda e o poder dos mais ricos, fazendo a sociedade como um todo aceitar tudo como natural e permanente. 

O que acontece no Brasil de hoje é muito parecido com o que aconteceu na Alemanha de 1930 - inclusive a origem, uma crise econômica explosiva em 2008 tal e qual o crack da bolsa em 1929. Mas a necessidade de esconder a vilania dos magnatas exigiu um golpe mais sutil.

O que acabou ocorrendo foi uma espécie de Holocausto do Bem, em que a crueldade é praticada de uma forma mais discreta, gerando lentamente e sem aparecer, o mesmo dano causado pelo Holocausto alemão, pois a meta dos homens mais ricos de diminuir a quantidade de beneficiários deve ser mantida.

O Golpe de 2016 foi encomendado por grandes forças capitalistas para que a crise econômica mundial de 2008 não prejudicasse o poder dos mais ricos, que não abrem mão do excesso financeiro para que com um volume gigantesco de dinheiro eles possam manobrar o sistema a seu favor. 

O golpista Michel Temer foi o escolhido para este "missão" e as reformas feitas em seu (des)governo, além das vendas de bens púbicos (feitos sem consulta popular, pois o povo é o legítimo dono do bem público, o que significa que Michel Temer vende produto roubado) tem esta finalidade de arruinar com as vidas dos mais pobres, igual ao que tradicionalmente se faz em grande parte dos países africanos, no Haiti e em países como Bangladesh.

Mas tudo é feito de forma bem sutil, com a ajuda de instituições outrora respeitáveis como mídia e judiciário e com o apoio irrestrito de religiões, criadas para forjar uma bondade que pudesse acalmar as almas desesperadas pelos direitos que vão sendo desrespeitados por quem se acha melhor que os outros e por isso deve ganhar muito mais do que qualquer outra pessoa.

A religião se tornou uma grande cúmplice destes homens maldosos e fazem de tudo para que o mundo dê sinais de melhora sem precisar acabar com a ganância dos mais ricos. Forjar a bondade dos maus através de uma caridade paliativa e de orações inócuas, junto com um festival de lendas e festejos que fazem a humanidade pensar que estão sob o comando dos bons, ajuda a manter a farsa e deixar a sociedade repousando em uma falsa tranquilidade.

Além disso, era preciso criminalizar as lideranças que trabalham em prol dos pobres. Difamar as esquerdas, inventando casos de "corrupção" por meio de mentiras para que essas lideranças percam a credibilidade e não possam agir em prol dos mais carentes. 

No lugar destas lideranças de esquerda, coloca-se lideres religiosos que adotarão formas de altruísmo menos eficientes, que não ameacem a ganância dos mais ricos, apenas amenizando a situação dos mais pobres, que continuarão sofrendo, mas menos revoltados.

Por isso que o "Espiritismo" brasileiro, uma religião de elite em prol das elites, que em mais de 100 anos não conseguiu transformar o país, apoiou o Golpe de 2016 que vai gerar o Holocausto do Bem caso todas as medidas de Temer não sejam revogadas. É preciso proteger os interesses dos magnatas que para a seita são a "reencarnação dos bons", uma outra falácia criada para manter as injustiças que garantem a concentração de renda.

Tudo tem sido feito para manter o Brasil na miséria crônica, mas de forma mais sutil para que a imagem de vilania de lideranças capitalistas não traga prejuízo a elas. Por isso foi necessário fazer um ato de crueldade cada vez mais sutil, para que as pessoas não percebam a tragédia que se instala aos poucos e que arrasa com verdadeira multidões.