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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Herculano havia avisado sobre Divaldo Franco

Antes tarde do que nunca. Divaldo Franco foi finalmente desmascarado. Infelizmente, levou quase 60 anos para que este embusteiro, mercador das palavras mostrasse a sua verdadeira cara que nada tinha a ver com o suposto "espírito de luz" e muito menos com o "maior filantropo do mundo" que só ajuda meia dúzia de gatos pingados e não consegue influir na qualidade de vida do bairro onde seu trabalho supostamente filantrópico se localiza.

Divaldo Franco foi um aventureiro que entrou na doutrina após ver o sucesso de Chico Xavier, outro embusteiro, mas menos mal-intencionado, que distorceu a doutrina a ponto de transformá-la em uma igreja de fé cega e dogmas absurdos. Mas houve uma oportunidade, cerca de 40 anos atrás, de nos livrarmos da influência nada positiva do suposto médium baiano, evitando os desconfortos que aconteceram na doutrina.

Vários fatos mostraram que Divaldo nunca estudou a doutrina. Defensor de teorias estranhas como a das "Crianças Índigo" , do "Planeta Chupão" (chamado de Alcione - com acento vocálico no "i" - pelo suposto médium), do "Jesus de olhos azuis" e que narrou que um dia viu Sai Baba (outro embusteiro) se teletransportar em um quarto de hotel onde estava, viajando para espalhar mensagens igrejistas em desacordo com a doutrina espírita original.

Para evitar este festival de asneiras, deveríamos ter ouvido o sensato Herculano Pires, que havia alertado sobre o charlatanismo de Divaldo Franco. Sem ofensas e procurando ser o mais educado possível, Herculano, defensor incansável da fidelidade doutrinária recusada pelo trio Bezerra-Chico-Divaldo, além de tradutor mais fiel de Allan Kardec, reduzido pelo Movimento "Espírita" a um objeto de bajulação, escreveu uma carta onde faz graves denúncias sobre o suposto médium baiano.

Reproduzo primeiramente a declaração recente dada por Divaldo Franco, em Goiânia, após uma daquelas palestras em que despeja ideias puramente igrejeiras, disfarçadas de falso intelectualismo e falsa sabedoria. Embaixo, reproduzo a declaração de Herculano Pires sobre Divaldo Franco.

Cá para nós, lendo o depoimento de Divaldo, percebemos que Herculano Pires estava mais do que certo em denunciar este farsante que deve estar se dando bem de alguma forma ao assumir o posto de "liderança da Doutrina Espírita", mesmo de forma ilegítima.

Comecemos pelo pior, a declaração infeliz de Divaldo:

DEPOIMENTO DE DIVALDO PEREIRA FRANCO SOBRE IDEOLOGIA DE GÊNERO E SÉRGIO MORO

Congresso Espírita (sic) de Goiás, 13 de fevereiro de 2018, em Goiânia

Fernando, 18 - O que dizer sobre a ideologia de gênero?

Eu diria em frase muito breve, que é um momento de alucinação psicológica da sociedade. (Aplausos) Em uma entrevista que recomendamos, Iraci Campos, do Centro Espírita (sic) Joana de Ângelis, na Barra da Tijuca, entrevistou um nosso aluno a esse respeito, e as respostas como as perguntas, muito bem elaboradas, propiciaram a Haroldo (Dutra Dias) a abordar a questão no ponto de vista legal, moral, espírita e social. Vale a pena, portanto, procurar na Internet, esse encontro de Iraci Campos com Haroldo Dutra. Haroldo disse em síntese, eu peço licença a ele, que se trata de um momento muito grave da cultura social da Terra, e que é naturalmente algo que deveremos examinar em profundidade, mesmo porque nós vamos olhar a criança, graças à sua anatomia, como sendo o tipo ideal. E a criança, nesse período, não tem discernimento sobre o sexo. A tese é profundamente comunista. E ela foi lançada por Marx sob outras condições, que a melhor maneira de submeter um povo não é escravizá-lo economicamente, era escravizá-lo moralmente. Como nós vemos, através de vários recursos que vêm sido aplicado no Brasil nos últimos nove anos, dez, em que o poder central tem feito todo o esforço para tornar-se o padrão de uma sociedade em plena miséria, econômica e moral, porque os exemplos de algumas dessas personalidades são tão aviltante e tão agressivo (sic) que se constítuíram legais, e, porém, nunca morais. Todas essas manifestações que estamos vendo graças à República de Curitiba, cujo presidente é o dr. Moro (aplausos), e deve ser o desnudar da hipocrisia e da criminalidade. Aliás, o Evangelho recomenda que não deveremos provocar escândalo, e o nosso venerando juiz não provocou escândalo, atendeu a uma denúncia muito singela e no entanto levantou o véu que ocultava crimes hediondos, profundos, desvio de dinheiro que poderia acabar no Brasil com a tuberculose, com as enfermidades que vêm atacando recentemente, poderia educar toda a população e dar-lhe o que nossa Constituição exige, trabalho, repouso, dignidade, cidadania. Mas determinados comportamentos de alguns do passado muito próximo estabeleceram o marxismo disfarçado e a corrupção sob qualquer aspecto como princípio ético. A teoria de gênero é para criar, na criança, no futuro cidadão, a ausência de qualquer princípio moral. Uma criança não sabe discernir, somente tem curiosidade. No mesmo banheiro, um menino e uma menina irão olhar-se biologicamente, sorrir e perguntar o de que se tratava aquele aparelho genésico, que é desconhecido. Então nós defendemos repudiar de imediato e apelar para aqueles em quem nós votamos e somos responsáveis e gritar para eles que somos contra, totalmente contra, essa imoralidade ímpar. (aplausos) Vão me perdoar uma blasfêmia, agora, para adultos. Os espíritas somos muito omissos. No nome falso e na capa da humildade, achamos que tudo está bem, mas nem tudo está bem. É necessário que nós tenhamos vós. O apóstolo Paulo jamais silenciou ante o crime e a imoralidade, e Jesus, muito menos. Ele deu a César o que era de César, mas não deixou de dar a Deus o que é de Deus. Muitas aberrações nós silenciamos. Afinal, disfarçadamente, vivemos numa república democrática, e os nossos representantes lá chegaram pelo nosso voto. Já está na hora de acabar de votar por uma alpercata japonesa, já está na hora de deixar de votar por causa do emprego que vai dar ao nosso filho, pensarmos na comunidade, numa comunidade justa não faltará emprego para todos, uma sociedade justa, de homens de bem, de mulheres dignas, naturalmente estabelecerá as leis de justiça e de equidade, então nós evitaremos essas aberrações, o aborto provocado, esse crime hediondo, que está sendo tentado tornar-se legal, por mais que seja legal, nunca será moral. Nós somos contra quem aborta por essa ou aquela razão, falamos, em tese, matar é crime, seja qual for a aparente justificativa. E agora, com a tese de gênero, estamos indiferentes e, de momento para outro pela madrugada, os nossos dignos representantes adotam. Falávamos ontem a respeito de cartilhas do Ministério da Educação, depravadas, para corromper as crianças, e que as escolas estão demovendo ao Ministério. Que Ministério da Educação é esse, que estabelece fatos (aplausos) de uma indignidade muito grande. Os pais devem vigiar os livros dos seus filhos, e naturalmente recusarem. Nós temos o direito de recusar. Nós temos o dever de recusar. Vítor Hugo hoje, já nos falava há mais de 150 anos, "o grande pecado é a omissão". E Kardec nos falou que não era nobre apenas o fazer o mal, porque não fazer o bem é um crime muito grande. Então precisamos ser mais audaciosos, espíritas, definidos, termos opinião. A Doutrina nos ensina e, para os jovens, eu direi que há uma ética: liberdade. O sexo é livre. Livre-se (?). Mas ele não tem a liberdade de indignificar a sociedade. Poderemos, sim, exercer o sexo, é uma função do corpo e também da alma, mas com respeito e com a presença do amor. Portanto, à teoria de gênero, 'jamais'".

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ALERTA DE HERCULANO PIRES SOBRE O CHARLATANISMO DE DIVALDO FRANCO:

Muito antes do “estouro” com o Chico eu já havia sido advertido espiritualmente a respeito do médium baiano. Durante meses evitei encontrar-me com ele, pois é sempre desagradável constatar uma situação mediúnica nessas condições. Quando me encontrei, tudo se confirmou. Não tenho, pois, nenhuma prevenção pessoal, nada particular contra ele. O que tenho é zelo, é prudência, é necessidade de por-me em guarda e evitar que os outros se entreguem de olhos fechados às manobras que infelizmente se desenvolvem através da palavra ilusória desse rapaz. Espero em Deus que ele (agora roustainguista confesso e novo ídolo da FEB) ainda encontre o seu momento de despertar, antes que esta encarnação se finde.

Do pouco que lhe revelei acima você deve notar que nada sobrou do médium que se possa aproveitar: conduta negativa como orador, com fingimento e comercialização da palavra, abrindo perigoso precedente em nosso movimento ingênuo e desprevenido; conduta mediúnica perigosa, reduzindo a psicografia a pastiche e plágio – e reduzindo a mediunidade a campo de fraudes e interferências (caso Nancy); conduta condenável no terreno da caridade, transformando-a em disfarce para a sustentação das posições anteriores, meio de defesa para a sua carreira sombria no meio espírita. (...)

Você acredita que o Chico esteja obsedado e que o Divaldo seja uma vítima inocente? Que todas as trapaças do Divaldo sejam bênçãos do Céu para o nosso movimento? Que seja nossa obrigação acobertar e bater palmas a companheiros que têm esse procedimento, relatado acima apenas em parte?

Ainda hei de lhe contar um dia, pessoalmente, a trama que tive de ajudar alguns amigos a desfazer – uma trama maquiavélica, de tipo medieval, para pôr um “fim feliz” ao caso Chico-Divaldo, deixando o Chico na condição de ciumento e o outro na condição de vítima inocente.


Temos de ser, meu caro, mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes. Quem o disse foi o Cristo, que deve entender do assunto. E Kardec adverte, em “O Livro dos Espíritos”, Kardec e os Espíritos, que é obrigação dos homens de bem desmascarar os falsos profetas. Obrigação, veja bem, obrigação! Por isso não recuo diante (embora não me considere tão “de bem” assim…) diante dos casos de Divaldo, Hercílio Maes e Ramatis, Roustaing e FEB. Não será com a minha conivência que o joio sufocará o trigo da seara. Isso tem me custado caro, muito caro: mas Deus me tem ajudado a suportar o ônus. 

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