OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

IMPORTANTE: Este blogue não tem a pretensão de ser um site científico e nem de ser uma fonte para estudos. Apenas lançamos as questões e estimulamos o debate e a análise, servindo apenas para ponto de partida para estudos mais detalhados. Para quem quiser se aprofundar mais, recomendamos a literatura detalhada das obras de Allan Kardec - principalmente "O que é o Espiritismo" e visitar fóruns especializados, que não façam parte da Federação "Espírita" Brasileira.

Os textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e correspondem ao ponto de vista pessoal de seus responsáveis, sejam ou não resultado de estudos.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A grande responsabilidade de Chico Xavier

Os devotos e admiradores do médium Chico Xavier não percebem o nível de responsabilidade que dão ao médium por considerá-lo "símbolo máximo da bondade humana". Sabe o que é ser símbolo máximo de bondade? Não é qualquer gentileza de escoteiro que deve ser considerada como tal.

Para que o médium pudesse de fato ser considerado a "bondade máxima" é insuficiente que seja o que ele foi de fato. Xavier fez muito pouco pela humanidade. Quase nada. Foi apenas bonzinho como qualquer mortal, eu e você. E a sociedade nada mudou um milimetro sequer por causa de alguma coisa que o falecido médium mineiro tenha feito. E é aí que mora o problema.

Para que todo o mérito de "máxima bondade" possa ser dada ao médium, as mudanças teriam que ser visíveis e radicais. Problemas teriam que ter sido extirpados na marra, com bastante força. Força que o médium nunca demonstrou em sua personalidade, o que já seria suficiente para desmentir o mito de "bondade máxima". 

Os verdadeiramente bons são decididos. Tem personalidade forte e são militantes, lutando até o fim por uma causa, algo nunca visto em Xavier, que teve uma personalidade de molenga e teve uma bondade que possamos considerar como omissa. Sim, uma bondade por omissão, pois o médium era como uma criança, sendo bonzinho mais por ingenuidade do que por convicção. 

Poderia parar o texto por aqui, pois só isso já derrubaria o mito.  Mas como Xavier tem um exército de defensores, irascíveis, mas tão ingênuos quanto o seu "guru", temos que colocar mais provas de desmitificação.

As "mães" de Chico Xavier

Vão dizer que "Xavier recebeu mensagens de filhos mortos, consolando mães desesperadas". Posso parecer insensível, mas quanto a isso, tenho que dizer três coisinhas:
   1 - O desespero dessas mães soa, além de irracional e incontrolável, uma falta de fé. Sim, pode parecer contraditório, mas é uma falta de fé. Se tivessem fé, se conformariam com a ida de seus filhos e os deixariam em paz, sabendo que ninguém fica pior no mundo espiritual do que estava quando encarnado.
   2 - E quem garante que os espíritos comunicantes eram sempre os dos filhos evocados? Cada caso é um caso e muitos podem ser na verdade de espíritos obsessores interessados em brincar com o sentimento das mães desesperadas. Claro que algumas comunicações são legítimas, mas na maioria dos casos, os filhos não podem ou não querem se manifestar, abrindo caminho para espíritos farsantes assumirem as identidades evocadas para ludibriar. Convém lembrar que não era hábito de Xavier checar as comunicações, algo recusado propositadamente pelos seus próximos, muito mais interessados em incrementar o mito do médium do que beneficiar aquelas mulheres incontroláveis.
   3 - E não seria melhor deixar os filhos mortos em paz? Ou será que isso justifica o desespero irracional e materialista das mulheres que subconscientemente sentem a perda dos filhos como quem perde um órgão do próprio organismo? Que elas aprendam a se controlar e aceitem a morte não como um fim, mas como uma viagem, onde pessoas amadas terão a oportunidade de se reencontrar, já que o amor verdadeiro é como um imã, além de ser ponto básico e útil para a evolução espiritual mútua de quem se ama.

Ou seja, Xavier não estava fazendo nenhuma caridade em tentar se comunicar com os filhos mortos dessas mulheres, apenas alimentando ilusões e o desespero. Talvez uma conversa franca e racional pudesse ser mais eficiente para que estas mães abandonassem o desespero e encarassem os fatos com maior equilíbrio. E ele fez isso. Claro que não! Preferiu alimentar a brincadeira, transformando isso na sua Tábua Ouija, piorando ainda mais as coisas.

A grande maldade cometida por Chico Xavier

Aliás piorar, é o que Xavier fez em sua carreira de "filantropia". Cometeu um gravíssimo erro que poderia até mesmo ser considerada a sua maldade culposa: a de atrapalhar e adiar a evolução espiritual de seus seguidores, através da deturpação criminosa do Espiritismo que desviou todos os focos da elucidação intelectual necessária para a compreensão doutrinária.

Não sabem os defensores do médium que a compreensão melhor do Espiritismo iria, mesmo indiretamente e gradativamente, acabar com todos - eu disse TODOS - os problemas da humanidade. Desde os mais simples aos mais complexos, o Espiritismo nos daria o embasamento intelectual  moral necessários para que ajamos de forma ativa e responsável para a mudança social. 

E o que Xavier, o "bondoso" fez? Ele preferiu estimular a caridade estereotipada, um assistencialismo que não melhora nada, uma forma de ajuda paliativa e ilusória que serve muito mais para criar vínculo e dependência dos ajudados perante centros e instituições de caridade do que realmente melhorar vidas. Mais um de seus atos de travamento social que estimulou em nome da "bondade máxima".

Mudanças que provariam que o mito de Xavier tivesse certo

Para que o mito de exemplo de bondade máxima de Xavier pudesse ser verdadeiro, várias coisas deveriam acontecer para justificar este mito.

Para começar, Xavier combateria a FEB contra a deturpação. Teria uma personalidade firme, enérgica, dura sem ser agressiva, recusando a fazer a deturpação que tanto contaminou a doutrina no Brasil. Procuraria ignorar os "conselhos" de seu pseudo-mentor Emmanuel (na verdade seu obsessor) e de seu capanga "André Luiz" e procuraria estudar melhor a doutrina, acabando com a sua indecisão doutrinária que o fez inserir características de sua crença verdadeira, o Catolicismo, na forma deturpada que o consagrou. 

Aliás, Xavier nem precisava ser espírita para melhorar, já que temos muitos exemplos de católicos humanistas, principalmente na Teologia da Libertação (mas também fora dela), que lutam por melhorias reais da sociedade em vez de ficar unindo frases de paz e amor com erros doutrinários.

Para que Xavier pudesse ser considerado como seus defensores dizem, Uberaba, cidade onde viveu a maior parte do tempo (sua indecisão em escolher a sua doutrina favorita o excomungou da igreja de sua cidade natal, Pedro Leopoldo, fato que o envergonhou muito), teria uma qualidade de vida que seria considerada a melhor do mundo, já que por ser a "bondade máxima", Xavier teria lutado com todas as suas forças para que a cidade pudesse eliminar qualquer forma de injustiça e qualquer tipo de problemas.

Mas aí chegam seus defensores: "mas Jesus lutou e o Oriente Médio não melhorou sua qualidade de vida". Claro, se lembrarmos que Jesus foi assassinado e não conseguiu concluir o seu objetivo, o que não era o caso de Xavier, que morreu bem velhinho sem ter feito nada disso na sua longa vida.

Por causa de Chico Xavier, adiamos nossa evolução espiritual

O próprio Espiritismo, se Xavier fosse realmente responsável, serviria de base teórica para que muitas mudanças sociais pudessem ser feitas. Não a "revolução da sopinha", aquela que conforta provisoriamente, mantendo o vinculo de dependência entre o "caridoso" e o "ajudado". 

O Espiritismo original oferece uma oportunidade de desenvolvimento intelectual sem igual e que foi propositadamente negligenciada pelos deturpadores da doutrina, interessados em criar uma igreja igual as outras que lhes servisse de aquisição de dinheiro e de poder. E Xavier, a "bondade máxima" personificada, ingênuo como um carneirinho e perdido como um cego no meio de um tiroteio, preferiu apoiar, por ser muito mais seguro a seu interesse pessoal.

Com essas provas todas, concluímos que Chico Xavier, estigmatizado pela sociedade, incluindo até mesmo laicos e fiéis de outras crenças, como "maior exemplo de bondade", nunca possuiu de fato qualidades e atitudes condizentes a mitologia semi-divinal construída ao seu redor.

Chico Xavier era um homem gentil como qualquer um: e nada mais do que isso

De uma vez por todas somos obrigados a reconhecer que Chico Xavier não passou de um ser humano comum, com uma bondade limitada, a mesma que pessoas como eu e você somos capazes de ter. Na verdade uma gentileza bem básica e simplória que não faz de ninguém um exemplo de "bondade máxima" comumente atribuído ao médium de personalidade fraca.

Uma "bondade" que além de não melhorar em nada a sociedade, ainda cometeu a gravemente danosa atitude de deturpar uma doutrina que aceleraria a evolução intelectual da sociedade.

Por isso, graças a esse "homem bondoso" adiamos toda a nossa evolução espiritual para mais uns 3000 anos. Isso se a FEB não construir outro mito a nos ludibriar.

domingo, 20 de abril de 2014

Analisando o Jesus dos espiritólicos

Embora pensem estar seguindo uma ciência, os espiritólicos, seguidores da forma deturpada de Espiritismo praticada no Brasil, se parecem muito com os fiéis de outras religiões, acreditando e defendendo absurdos tão alucinantes quanto qualquer lenda contada na Idade Antiga. 

E não é de surpreender que o conceito de Jesus defendido pelos espiritólicos também seja delirante. Há alguns avanços, pois mesmo os espiritólicos não admitem alguns mitos sobre Jesus. Mas mesmo assim o Jesus defendido pelos seguidores do católico da gema Chico Xavier, está muito longe do Jesus real, ainda oferecendo uma mitologia diferente da tradicional, mas mesmo assim, mitologia.

Vou tentar analisar os mitos mais importantes, vários ainda aceitos pelos espiritólicos e tentar comentar usando a lógica e o bom senso. Ainda não é uma visão definitiva, já que ainda não encontramos provas de como foi Jesus. Me limito a dizer que acredito em sua existência porque os criadores do mito eram incapazes de acreditarem nas ideias lançadas por Jesus, um revolucionário que estava 2000 anos a frende de sua própria época. Um revolucionário até hoje ainda não compreendido.

Vamos a alguns dos mitos (em negrito) e aos comentários abaixo deles.

- Jesus era um espírito puro - Há controvérsia quanto a isso até mesmo entre os verdadeiros espíritas. Os espíritos que participaram dos estudos com Kardec se limitaram a dizer que Jesus era o espírito mais evoluído que esteve na terra, mas não há menções sobre o fato dele ter sido puro. 

É pouco ou nada provável que ele tenha sido, pois o planeta se encontrava na época de Jesus no estágio entre o primitivismo e a condição de "provas e expiações", da qual entrou definitivamente agora. Espíritos puros não reencarnam em planetas primitivos. 

Mesmo assim, Jesus tinha a evolução espiritual muito superior aos da Terra e veio na condição raríssima de missionário, não por envio divino (não existe messianismo - missionários vem por interesse ativista), mas por interesse próprio em evoluir a humanidade, o que caracteriza a sua superioridade. Prefiro defini-lo como espírito superior. É mais seguro.

- Jesus era branco, magro, lindo, com padrões europeus - Houve uma necessidade nos tempos medievais, onde a Europa era o centro do mundo, de colocar em Jesus uma aparência europeizada. Apesar de se parecer com os ricos de então (talvez seja esse o objetivo - afinal ele era considerado um líder), foi mantida a contraditória condição de pobre para que os excluídos se mirassem nele como exemplo de superação material. 

Isso não faz sentido, pois Jesus teria que ter aparência árabe e teria que ter um físico que fosse condizente com o fato de ser um andarilho, caminhando léguas sob um sol escaldante. 

Há espiritólicos que discordam da aparência europeia de Jesus, mas essa aparência ainda é bastante cultuada pela maioria dos seguidores da versão deturpada, muito por causa da influência católica, forte no Espiritolicismo. A foto do ator Jared Leto que ilustra esta postagem é coerente com a visão católica da aparência atribuída a Jesus.

- Jesus era enviado de Deus - Como eu falei antes, não existe messianismo, quando um espírito é enviado como se fosse um soldado para reencarnar e servir de mestre para multidões. Ninguém envia ninguém e acreditar no messianismo exige a crença no Deus humanizado (o velhinho de barba). Espiritolicos adoram o messianismo. Acreditam que não somente Jesus, mas todos os seus totens sejam enviados de Deus, mesmo que difundam erros e mentiras, tidas como dogmas verdadeiros, mas misteriosos, pelos seus adeptos.

O que acontece é que existem espíritos mais desenvolvidos intelectualmente que se interessam em se servir como orientador e essa necessidade lhes atrai e acabam reencarnando com o interesse em educar as massas, pois acredita fielmente na solidez de suas ideias,na lógica e no bom senso. Jesus era assim e mesmo incompreendido, conseguiu que suas ideias, totalmente de acordo com a lógica pudesse resistir por tanto tempo.

Quanto as teses que dizem ele ter sido "filho unigênito de Deus" ou o "próprio Deus encarnado", isso está superado até para os espiritólicos, pois soam muito absurdas de acordo com o mais superficial  dos raciocínios lógicos, permitindo uma série de contradições questionáveis.

- Maria era militante na causa de Jesus e por isso, também um espírito puro - Embora sabiamente ignorada pelos espíritas verdadeiros (os tais "ortodoxos", como eu), ela é ainda muito cultuada pelos espiritólicos, a ponto de ser considerada um espírito puro, de grande elevação. Um espírito sério alertou que o fato de ter gerado Jesus não garante a superioridade espiritual de Maria. 

E mesmo a tradição religiosa deixa claro que Maria nunca concordou com a militância de Jesus, preferindo que ele seguisse a carreira profissional de José, seu pai material. De fato nada de relevante fez Maria para ser considerada a "mãe da humanidade", como é hoje, o que prova que a sua inserção no Espiritolicismo é mais um dos muitos enxertos católicos colocados na forma deturpada da doutrina.

- Jesus nasceu da "virgem" e não tinha pai encarnado - Deus não escolhe filhos favoritos. Se para a humanidade é imoral dar preferência a um filho em relação a outro, porque Deus poderia ter preferência. Se Jesus tivesse que nascer de forma diferente dos outros, é porque ele era o "preferido" em relação ao resto da humanidade.

Houve um erro de interpretação. Sexo não é feio, senão Deus não teria criado. O que fazem com o sexo é que é feio. Maria era virgem até a relação que gerou Jesus. José era seu pai de fato (estranho que a aparência europeizada de Jesus era similar a de José) e não há nada de ruim nisso. A ideia do "espírito santo" é que todos somos espíritos sem corpos antes de "nascer", e é nesse sentido que a palavra citada significa. Estranha mesmo é a versão dada pela bíblia, surreal e ofensiva, pois trata Deus como um mágico. Além do que a partenogênese (gravidez gerada sem os gametas masculinos, comum em certas espécies de insetos) nunca teve um caso humano relatado.

Felizmente o dogma da gestação virginal de Jesus parece superada entre os espíritólicos. Mesmo ainda cultuando Maria, reconhecem que ela não é a "virgem" e que o fato de ter se relacionado com José foi um ato bonito, sem qualquer tipo de malícia e que serviu para fortalecer o amor maternal que ela sentia ao seu filho, mesmo não concordando com sua militância.

- Jesus como salvador da humanidade - Embora os religiosos se assumam como "servos de Jesus", na prática, Jesus é que é tratado por servo. E dá-lhe "Jesus me ajude!", "Jesus me socorra!", "Jesus, Jesus, Jesus!". Se esquecem que Jesus não veio para salvar ninguém e que ele na verdade era um grande ativista social e professor da humanidade e que o que irá nos salvar é a assimilação de suas lições e de seu exemplo.

A crença de que ele foi crucificado para nos salvar foge de qualquer lógica. Jesus morreu pro motivos políticos, pois era um ativista e suas frases foram muito mal interpretadas pelos imperadores da época, que pensaram que jesus queria tomar o lugar deles. Por isso deu o que deu.

- Os superpoderes de Jesus - Coerente com o falso mito de "salvador", ele teria que ter superpoderes. Até hoje não muito bem explicados, na verdade seriam capacidades mediúnicas e faculdades psico-espirituais que eram coerentes ao seu nível evolucional. Mas a igreja os transformou em superpoderes para fazê-lo de uma espécie de "super-herói", para que pudesse ser solicitado nas horas de aflição. De qualquer forma, o que eu mais admiro em Jesus não são essas faculdades e sim o seu intelecto surpreendentemente rápido e observador e as suas análises inquestionáveis.

Os espiritólicos, que ainda acreditam no "Jesus Salvador", gostam desses superpoderes e até atribuíram outros superpoderes a Chico Xavier, como se isso fosse uma característica de superioridade.

- Evolução em "linha reta" - Alguns espiritólicos já contestam este mito, mas ele ainda é bem forte no meio da deturpação doutrinária. Para quem não sabe, a teoria de "evolução em linha reta" de Jesus, significa que Jesus não reencarnou, tendo sido criado puro desde o início. Isso seria um privilégio, incoerente com o amor e a justiça de Deus. 

Para chegar onde chegou, Jesus teve que reencarnar muito, para poder ter todo o repertório de aprendizagem de que lhe foi útil na experiência terrena. O que pode ter acontecido é que era a sua primeira reencarnação na Terra, já que a humanidade estava praticamente em seu início histórico. 

Muitos espiritólicos não acreditam nesta tese, embora haja quem acredite.

- Jesus não teve corpo - Se esta tese estivesse certa, Jesus era um farsante e sua doutrina perderia força, pois o seu sofrimento foi um exemplo de até que ponto uma pessoa pode sofrer por contestar o sistema. O sofrimento de Jesus foi real, assim como todos os seus atos, e para isso ele teria que ter reencarnado, tendo um corpo comum, pois a sua missão exigia que isso tivesse que ter acontecido. 

A FEB recomenda a crença na não-reencarnação de Jesus, tese defendida por Roustaing, patrono da instituição. Mesmo assim, há muitos espiritólicos que não aceitam esta tese, preferindo acreditar que ele reencarnou várias vezes, incluindo a chegada ao Planeta Terra, para passar pela experiência que tradicionalmente conhecemos.

- Jesus fundou o Cristianismo -  Em primeiro lugar, Jesus não quis criar nenhuma ideologia. Muito menos uma religião. Jesus era um ativista social e político e na verdade queria apenas educar as pessoas, o que já é muito. O Cristianismo foi criado pelos seus adeptos, mas deturpado pela Igreja Católica, que criou a versão ficcional de Jesus que conhecemos até hoje.

Espiritólicos ainda estão meio confusos quanto a isso, preferindo acreditar que ele "fundou o Espiritismo", realizando supostamente o "primeiro culto ao Evangelho no Lar", o que é uma tolice sem sentido, se analisarmos todo o contexto da época.

- A Ressurreição de Jesus - Historiadores são quase unânimes em dizer que Jesus nasceu na época que é atribuída a Pascoa. Sua morte corporal aconteceu de fato e ela não ressuscitou. O que houve é que seu espírito se materializou diante dos que o viram, sendo mais uma de suas faculdades psico-espirituais. Não sei explicar se houve ou não e como foi a tampa movida de seu túmulo.

Os espiritólicos concordam com o que apresentei e percebem que a "ressurreição" foi na verdade uma materialização. A química comprovou que a volta ao mesmo corpo é impossível e boa parte dos casos de "ressurreição" na verdade são casos de letargia e catalepsia, onde o corpo, ainda vivo, fica inativo, o que poderia ser o caso de Lázaro e não o de Jesus, que morreu de fato.

Boa Páscoa a todos. Mesmo que ela seja somente mitológica.

domingo, 13 de abril de 2014

O Espiritismo NÃO é Cristão

Isso mesmo. Está confirmado que o Espiritismo Não é cristão. E nem adianta se revoltar, se contorcer na cadeira, pois com alguma paciência e uma boa prática de raciocínio, veremos que esta frase está corretíssima. E há motivos para o Espiritismo não ser cristão.

Primeiro por que entende-se como "cristão" não aquele que segue as verdadeiras (eu disse as VERDADEIRAS, não as dogmáticas) as orientações e o exemplo de Jesus. Cristão normalmente é aquele que cultua o Jesus Mito, aquele que foi construído e consagrado pelas religiões, como se fosse um totem, um ídolo, uma estátua a ser admirada com os olhos de emotividade carente cheios de lágrimas, sem se preocupar com ideias.

Segundo, Jesus não tinha o objetivo de criar uma ideologia ou uma seita e ser "cristão" seria admitir que esta ideologia existiu e foi criada por ele. Na verdade, o chamado "Cristianismo" foi criado pelos seus seguidores, com base em relatos e experiências separadas que foram reunidas com o tempo, e sua difusão foi infelizmente deturpada, sobretudo na Idade Média, quando o Jesus Mito nasceu.

Terceiro, segundo pesquisas de historiadores, que vivem em busca de provas da existência de Jesus, é muito provável que a palavra "Cristo" tenha sido embutida a ele, não lhe pertencendo de fato. Não dá para chamar um seguidor de Jesus de "cristão" se Jesus não era o "Cristo".

A lógica recomenda que não cultuemos pessoas, mas sigamos ideias. O verdadeiro Espiritismo compartilha desta afirmativa. O próprio Jesus gostaria que nos preocupemos muito mais como o que ele disse e fez do que com e como ele era. Se não se preocupou em deixar vestígios sobre a sua aparência é porque ele mesmo preferia que as suas ideias fossem o mais importante. 

Por isso mesmo é uma perda de tempo e desvio de foco ficar tentando definir se o Espiritismo é ou não uma religião e se ela é cristã ou não. Nos preocupemos em estudar objetivamente tudo o que acontece ao nosso redor, seja material ou espiritual. O resto é detalhe supérfluo.