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Os textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e correspondem ao ponto de vista pessoal de seus responsáveis, sejam ou não resultado de estudos.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

O futuro do Espiritismo: vamos em frente!

Há mais de 130 anos, desde que um grupo de católicos dissidentes decidiu criar a forma brasileira de "Espiritismo", que se distanciava gradativamente do Espiritismo original francês, muita confusão tem ocorrido em nome da doutrina, impedindo a evolução humanitária e reduzindo a caridade a um engodo que praticamente não serve para nada.

Isso comprova o grave erro que os chamados "espíritas" brasileiros cometeram em recusar os estudos que levaram a doutrina  original, transformando o que deveria ser uma ciência em uma igreja de fé cega, dogmas sem pé nem cabeça e lideranças arrogantes que se acham melhores que quaisquer pessoas só por acreditarem ser dotadas de superpoderes divinais.

O resultado disso tudo é que a proposta trazida por Kardec de estimular a evolução da humanidade através do desenvolvimento intelectual, além do conhecimento da não-matéria e da vida espiritual após ao falecimento, foi literalmente para a lata de lixo. Em pleno século XXI estamos ainda atrasados e cada vez piores como seres humanos, emburrecidos, egoístas e gananciosos, torcendo para que o obscurantismo de tempos remotos retorne ao nosso cotidiano.

Diante disso, somos obrigados a reconhecer  fracasso do "Espiritismo" brasileiro, desde a fundação da FEB reduzido a uma igreja dos espíritos, entusiasta da fé cega que permite dogmas absurdos e contraditórios. Palestras e estudos tem sido reduzidos a um manual de moralismo retrógrado e estudos de comunicação espiritual tem sido travados ou discretamente levados adiante por cientistas fora da doutrina. 

A bagunça doutrinária que reinou no "Espiritismo" brasileiro de clara linhagem roustainguista impediu a compreensão melhor do conteúdo doutrinário original, preferindo inserir na versão brasileira da doutrina "novidades" que mais tinham a ver com o Catolicismo medieval e com seitas esotéricas de caráter duvidoso. 

O "Espiritismo" brasileiro teve como resultado não a caridade pretendida, mas um monte de bobagens que serviram para desviar o foco de questões mais sérias, além de travar a evolução espiritual de seus seguidores, que majoritariamente ostentam um conservadorismo retrógrado e egoísta que reduziu a caridade a algo incapaz de tirar os necessitados de seus problemas, servindo mais de um consolo para uma situação que todos se recusam a mudar.

É preciso romper com o "Espiritismo" roustainguista da FEB e descartar a influência de falsos profetas como Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Divaldo Franco e todos os que lhes assemelham. É mais do que necessário voltarmos ao interrompido estágio na avançada Paris do seculo XIX e retomarmos as pesquisas de Allan Kardec e a valorização do intelecto, estimulando o estudo doutrinário.

Uma boa dica que nossa equipe dá são as ideias e textos de verdadeiros espíritas como Herculano Pires, Deolindo Amorim (pai do jornalista progressista Paulo Henrique Amorim) e Gélio Lacerda, além dos atuais continuadores Sergio Aleixo e Dora Incontri, corajosos empenhados em devolver ao Espiritismo as suas características originais.

Se retomarmos as características kardecianas do Espiritismo original, podemos ter a esperança de retomarmos também o ritmo da evolução humanitária, com o estímulo ao desenvolvimento intelectual que trará qualidade a caridade praticada, não mais uma caridade paliativa que serve de consolo, mas de intenso trabalho com o objetivo de eliminar as injustiças e os problemas crônicos da humanidade terrestre.

Esperamos ver um Espiritismo limpo, longe dos inúmeros enxertos colocados e sem a influência nociva de lideranças que nunca compreenderam o verdadeiro papel da doutrina, preocupados em usar a mesma para se promover e se beneficiar.

Vamos juntos estudar a codificação original e retomarmos a pesquisa que nos ajudará a entender melhor a realidade do lado de cá e de lá. Coloquemos nossos cérebros para funcionar a partir deste exato instante. Mãos a obra, há muita coisa para fazer!

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