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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Falta de debates eliminam racionalidade do "Espiritismo" brasileiro

O grande pecado do "Espiritismo" brasileiro é ter se convertido em uma religião de fé cega. Uma fé cega diferente (rotulada pelo contraditório nome de "fé raciocinada"), em que se consiste em acreditar em dogmas supostamente aprovados previamente pela ciência. Algo que em si já é um dogma de fé cega, pois se acredita em uma intervenção científica que na prática nunca aconteceu.

Vamos admitir de uma vez por todas: o que os brasileiros conhecem como "Espiritismo"  nunca passou de uma religião como outras quaisquer. Uma religião de dogmas confusos, contraditórios e absurdos. Uma religião de idolatria a supostos líderes ("médiuns") e a tudo relacionado a eles. Uma religião cuja caridade nunca vai além do mero assistencialismo, para não prejudicar a ganância dos mais ricos, maioria no rol de seguidores da doutrina.

A falta de debates e a aceitação passiva de dogmas, por mais alucinados que sejam, tem destruído a doutrina e causado uma apostasia que acontece de forma constante, sem cessar. Se não bastasse ser uma seita seguida apenas por brasileiros, muita gente já abandona o "Espiritismo", cansado de ver constantemente a ausência de explicações para os dogmas absurdos expostos em cultos e palestras.

O descompromisso com a racionalidade já começa pela aparência de centros "espíritas", semelhantes a igrejas sem pompa, com palestras que mais parecem sermões a serem aceitos de forma quase robótica pelos frequentadores, que com medo de romper o "clima de paz", se cala diante das asneiras ditas nas mesas enfeitadas com tolhas de renda branca, resultantes da falta de estudo sério.

A solução para os "espíritas" que se recusam a questionar seus próprios dogmas duvidosos é admitir o igrejismo e parar de fingir ser uma seita científica. Parem de puxar o saco da ciência! Vocês nunca foram a favor dela! 

O "Espiritismo" brasileiro é uma igreja de fé cega e é desta forma que ela deve ser definida! O compromisso com a racionalidade foi rompido desde o início, quando chegou ao Brasil e isso deve ser admitido como fato real ocorrido.

Caso não queira ser extinta pela apostasia constante que ocorre sem cessar, é melhor os "espíritas" pararem de falar em ciência e racionalidade. Racionalidade inclui contestação, debate e até brigas, pois normalmente o choque de duas ideias opostas provoca uma certa tensão, que deve ser resolvida também com racionalidade.

Mas como tudo se estabilizou após 130 anos de erros, melhor que os "espíritas" brasileiros rompam com Kardec e com a ciência e se tornam de uma vez por todas uma reles religião de base católico-medieval a satisfazer mentes sedentas por uma fé mais "diferenciada" e só.

Mentir nunca é bom e fingir a racionalidade inexistente nunca é bom. Melhor ficarem orando em suas mesinhas com tolhas brancas e se apegar a suas ilusões doutrinárias. Depois de tanto estrago feito pela FEB e por seus ídolos fabricados (vulgo "médiuns"), que fica quase impossível voltar as bases kardecianas sem destruir o que os "espíritas" brasileiros construíram. 

Melhor assumir o igrejismo e deixar a racionalidade para lá. É o melhor a fazer.