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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Porque o medo de questionar os dogmas "espíritas"?

O que se faz no Brasil sob o nome de "Espiritismo" nunca passou de uma gororoba doutrinária. O único dogma correto é o que admite a vida pós-morte e a comunicação de espíritos, além de sua capacidade de reencarnar. E só. Outros dogmas na verdade resultam do achismo e da má interpretação de vários conceitos, além de enxertos trazidos por intrusos do Catolicismo medieval.

Esses enxertos entram em franca contradição com os pontos importantes da codificação kardeciana. Como a maioria dos seguidores nunca fez um estudo sério, pra valer, do material lançado por Allan Kardec, comparando com a mais do que duvidosa obra do charlatão Chico Xavier, seguidor fiel, até o fim da vida, da forma medieval do Catolicismo predominante em sua infância.

A recusa em estudos favoreceu uma fé cega, chamada de "raciocinada" que faz com que os adeptos do "Espiritismo" brasileiro aceitassem dogmas de forma passiva, sem questionar, acreditando que eles foram "pré-verificados pela ciência" e que por isso seria inútil contestar.

Mas na verdade, essa ideia de que os dogmas sem pé nem cabeça do "Espiritismo" brasileiro foram pré-verificados é bastante coerente com a lei do menor esforço presente no instinto humano. Somos preguiçosos por natureza e se condenamos a preguiça laboral, não condenamos a preguiça intelectual. 

Ainda mais que, por cultura, nós, brasileiros, detestamos pensar. Adoramos ser chamados de inteligentes, mas pensar exige esforço, abnegação e não raramente, reprovação social, já que a atividade intelectual virou coisa de gente mal humorada e difícil de se entender.

Detestamos pensar e aceitar que outros pensem por nós nos é bastante conveniente. E as religiões existem para satisfazer a nossa preguiça de raciocinar. Ainda mais uma doutrina que se apresenta como científica sem ser de fato. Deixemos que "médiuns", palestrantes ou quem quer que lidere no "Espiritismo" brasileiro pense por nós. basta apenas nos calar e aceitar o que é ouvido.

Isso explica a nossa raiva quando somos convidados a contestar os dogmas estranhos do "Espiritismo". Crianças índigo, colônias espirituais, encerramento de reencarnações por uma caridade malfeita, a transformação imediata da terra em local de regeneração, a divinização do povo brasileiro, etc., estão entre as ideias aceitas dentro da versão brasileira da doutrina e que recusamos a verificar.

Como estamos sempre ansiosos por uma doutrina que nos faça ser "mais inteligentes" sem exigir nada de nosso intelecto, além da aceitação imediata de ideias comprovadamente absurdas, o "Espiritismo" deturpado praticado no Brasil nos parece muito confortável. É como comprar um diploma sem estudar: basta aceitarmos o que é dito nas palestras que nossa inteligência se consagra.

Isso é muito ruim e tem destruído aos poucos a versão brasileira da doutrina. A apostasia é grande e não para de crescer. Os poucos que ficam ou são seguidores tradicionais ou os descendentes ou amigos destes. 

O que os brasileiros chamam de "Espiritismo" virou uma bagunça cuja pieguice em torno de um charlatão com problemas mentais, considerado pelos seguidores como "líder soberano e espírito de máxima pureza" é a principal prática de seus adeptos.

Infelizmente, todo o esforço de Allan Kardec foi jogado no lixo, para se consagrar, em uma pátria de néscios, como uma doutrina confusa, contraditória e de dogmas absurdos. Desta maneira, não há humanidade que se evolua!

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