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domingo, 11 de setembro de 2016

O "Espiritismo" brasileiro nada faz para impedir suicídios. Pelo contrário: o estimula involuntariamete

Ontem, 10 de setembro, foi o Dia da Prevenção contra o Suicídio, proposto pela Organização Mundial de Saúde. Nós aqui concordamos que o suicídio não é solução para nada.

Mas também respeitamos o suicida por ser uma pessoa que chegou ao extremo do desespero e não encontra mais nenhuma condição de viver dignamente. Ninguém se mata pelo suicídio em si e sim porque chegou ao extremo do sofrimento.

Mas o "espíritas", em seu moralismo católico-medieval não pensam da mesma forma. Forçados a acreditar no suicídio como um crime hediondo e defensores da Teologia do Sofrimento que recomenda o aprisionamento de pessoas em seu sofrimento, sob a desculpa de que "a dor purifica", os "espíritas" não conseguem compreender o sofrimento de alguém que chega a uma condição extrema. Condenam o suicídio, mas nada fazem para impedi-lo.

Por defenderem a Teologia do Sofrimento (algo que é oposto as obras da codificação kardeciana), "espíritas", incapazes de criar soluções para que suicidas em potencial encontrem uma maneira de solucionar seus problemas, preferem fazer ameaças ("se você se matar, vai ser punido"), ficar inventado que sofrer é lindo ou propor compensações frouxas e supérfluas para os graves problemas ("se alegre: olhe a natureza, o passarinhos...").

O modo que "espíritas" encaram o suicídio é totalmente irracional. Metidos a "científicos", "espíritas" nunca (eu disse NUNCA) usaram a mente para criar soluções e lutar por melhorias que pudessem acabar com o sofrimento de quem pretende encarrar a sua vida. Preferem o caminho mais fácil: criminalizar o suicídio, fazer apologia do sofrimento e outras atitudes que só agravam ainda mais a triste situação.

Ao invés de ajudar, acabam, mesmo sem intenção, aumentando ainda mais a coragem do suicida, pois sem soluções e acusado de "criminoso", ele se sente inferiorizado e sem amparo e é aí mesmo que ele encontra a coragem necessária para se matar e se mata. Os "espíritas" não reparam que a atitude deles só agrava o problema?

Não seria melhor abandonar o moralismo retrógrado e usar o cérebro para propor soluções reais e concretas para os problemas que levam uma pessoa a tentar se matar? Se os "espíritas" se acham "tão racionais", que tal usar melhor o cérebro para tomar certas atitudes sensatas?

É muito fácil acusar os outros disso e daquilo (interessante como "espíritas" condenam o julgamento, julgando os outros). Criminalizar o suicídio é um erro tão grave ou maior que o suicídio em si. A criminalização é um caminho fácil percorrido por preguiçosos que se recusam a solucionar problemas, ou por que estes exigem esforço ou abnegação, ou porque os próprios "espíritas" guardam uma raiva medieval contra aqueles que "desobedecem as decisões divinas".

Os "espíritas" deveriam pensar melhor sobre o suicídio, com base nos problemas do suicida. E não com base em um moralismo decadente que nunca consegue cortar a raiz dos problemas que originam inúmeros casos de encerramento da vida com as próprias mãos.

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