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Os textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores e correspondem ao ponto de vista pessoal de seus responsáveis, sejam ou não resultado de estudos.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Laicismo não faz mal a ninguém

Tanto em fóruns de Espiritismo como os de sua versão deturpada (a mais conhecida por todos), o que se nota nos participantes, uma verdadeira hojeriza ao laicismo, ou seja, a retirada completa do caráter religioso do Espiritismo. Um verdadeiro erro, se lembrarmos que o Espiritismo nasceu de uma ciência. Ou pelo menos se pretendia fazer dessa doutrina uma ciência.

O caráter religioso inserido no Espiritismo graças a má interpretação e a recusa em estudos mais aprofundados, tem desviado muito o foco do objetivo inicial da doutrina: estudar o mundo espiritual, outros estados e dimensões da matéria, suas comunicações e todo o comportamento referente a isso.

Ao invés disso, mesmo para os que não seguem a versão deturpada, o Espiritismo se tornou uma espécie de tratado moral e adoração a Deus, igualzinho o que já acontece nas outras crenças. Tem se a impressão que mesmo para os seguidores do Espiritismo correto, há a necessidade de se criar uma espécie de igreja ou seita para competir com as demais ou para simplesmente fazer com que seus seguidores se sintam incluídos na sociedade pelo fato de terem uma crença.

Ter uma crença pode não ser tão mal assim. Mas é preciso manter o foco das propostas originais da doutrina codificada por Kardec. Para quem não sabe, codificar significa, reunir um conjunto de dados e materiais e compilá-los em uma teoria, o que tem muito a ver com ciência. Bobagem dizer que Kardec "foi intuído pela espiritualidade" a criar a sua tese. 

Cientista consagrado, Kardec simplesmente se interessou pelo tema e iniciou ium detalhado processo de pesquisa para chegar aos livros que conhecemos. Tudo por iniciativa própria. Espíritos participaram de todo o processo dessa pesquisa da mesma forma que qualquer encarnado faria, já que são os mesmos homens, pelos corpos. 

Portanto, nada de messianismo. O trabalho de Kardec se assemelhou ao de qualquer cientista, e embora seja mais interessante - e prazeroso, no pior sentido - dizer que ele "foi um missionário", "que espíritos falaram por ele", "Deus quis assim", "Deus quis assado", é na verdade uma tentativa de desviar o foco, mirando para objetivos dogmatizantes e puramente religiosos.

Não há nada de errado em dizer que o Espiritismo deva ser laico. Até é bom que seja. Se quiserem ciar uma seita baseada nos pontos lançados por Kardec, até podem. Mas deem outro nome e criem seus próprios rituais. Kardec, o grande cientista Leon Denizard Rivail, ou o Professor Rivail, nunca quis criar uma seita e divinizá-lo é uma grande ofensa a seu trabalho árduo e intelectual de tentar explicar o que aconteça além do que nossos olhos podem ver.

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