Um episódio ocorrido em Rondonópolis (MT) contribuiu ainda mais para tirar a máscara de "superioridade moral e intelectual" da seita que os brasileiros de forma equivocada conhecem como "Espiritismo".
Uma pediatra que se assumiu "espírita" se recusou a atender uma paciente vítima de estupro por achar que ela "teria que pagar pelo que fez na vida passada", estando convencida da culpabilidade da vítima sem ter comprovação para isso. A pediatra alegou fidelidade a religião que seguia e pediu respeito à liberdade religiosa.
Com a mais absoluta certeza, a pediatra, além de desumana e arrogante - se achou na "autoridade" de decidir o que fazer com a criança, de apenas 7 anos - não conhece de fato a Doutrina Espírita, preferindo agir como o deturpador Chico Xavier, equivocadamente tido como maior liderança da doutrina no Brasil.
A pediatra se esqueceu de que a doutrina original não admite o dogma das "punições e recompensas", sendo este um enxerto católico como muitos que foram embutidos na doutrina por Xavier, um beato católico convicto de ideias retrógradas, mas que entrou na doutrina somente pelo fato de ser paranormal, sem qualquer conhecimento de seu conteúdo doutrinário.
Além de não haver esse negócio de "punições e recompensas", a pediatra não soube perdoar a criança, dando uma nova chance a ele de se recuperar. O passado se esquece e o que importa é o hoje. Mas nesta onda de ódio que há no Brasil (a pediatra deve ser conservadora), ela manifestou seu ódio pela menina desejando que ela pagasse pelo que faz, um desejo mais caracterizado como vingança do que como justiça.
A pediatra foi punida com o pagamento de R$10.000,00 por danos morais, o que é justo, embora o valor seja pouco diante da humilhação sofrida pela menina, que já teve a infelicidade de sofrer um estupro, algo extremamente inaceitável, que tira a dignidade de qualquer vítima.
Allan Kardec, que era pedagogo - entendia de infância - certamente teria perdoado a menina e a tratado com carinho e atenção. Quanto a Chico Xavier, talvez agisse como a pediatra, pois ele tinha o hábito de culpar as vítimas por suas desgraças, como fez muitas vezes em suas declarações e obras.
É preciso um estudo melhor sobre a doutrina para que atos irresponsáveis cometidos pela pediatra, com base nas maluquices inventadas pela mente de Chico Xavier, não aconteçam mais.
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