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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Todo o trabalho jogado no lixo

Hoje se celebra o nascimento do grande descobridor da doutrina dos espíritos, Hippolyte Léon Denizard Rivail, que adotou o pseudônimo de Allan Kardec para não prejudicar seus trabalhos em outras áreas da ciência, sobretudo a pedagogia (sim, ele era um importante pedagogo, e famoso em seu meio profissional na época!). Enfim um cientista que quis estudar tudo aquilo que não era conhecido como matéria.

Mas celebramos de forma bem triste, pois Kardec se tornou o grande desconhecido. No mundo em geral, pouquíssimos ouviram falar dele. No Brasil, seu nome é conhecido, mas o seu trabalho não. Inclusive, Kardec virou personagem de ficção, pois estranhos interesses o transformaram em um líder religioso, algo bastante oposto a toda a convicção lógica daquele que foi definido como o bom senso encarnado, pelo seu maior discípulo, José Herculano Pires. O Kardec conhecido dos brasileiros é 100% diferente do Kardec real que viveu na França. Só iguala no nome e na aparência.

Podemos dizer que para a maioria considerável de brasileiros, o trabalho de Allan Kardec foi literalmente jogado no lixo. Não foi preciso nem queimar os livros da codificação. Os católicos enrustidos que acreditam em reencarnação fizeram pior: deturparam todas as suas ideias, mudaram traços de personalidade do codificador, atribuíram responsabilidade por dogmas que ele mesmo provo serem absurdos e até mesmo criaram textos ficcionais, "assinados" por ele, de conteúdo totalmente igrejista, como se tivesse sido escrito por um padre.

A alucinada tese da reencarnação no Brasil

Para piorar ainda mais um bando de engraçadinhos cismou de apostar qual seria a "reencarnação" de Kardec, que supostamente seria acontecida no Brasil, para satisfazer os egos alucinados dos fiéis brasileiros. Inventaram até que o tolo Chico Xavier, que lançou livros negando todo a ideologia de Kardec, era o próprio que retornou, uma tese comprovadamente absurda que infelizmente é aceita pela maioria dos devotos do médium louco-varrido. 

Outro maluco, menos famoso, Osvaldo Polidoro, ainda mais alucinado, afirmou que ele meso era o Kardec que voltou. O demente já faleceu e certamente deve ter reencarnado. Deve estar perambulando por aí, se recuperando de suas loucuras.

Se Kardec reencarnou, certamente foi em outro planeta, muito mais evoluído que o nosso. Uma mente avançada como a dele não iria suportar tantas atrocidades absurdas que transformaram para pior o nosso cotidiano. A reencarnação do codificador na Terra está descartada e isso é assunto fechado. O que ele teve que fazer aqui, ele fez. Façamos a nossa parte: seguindo suas ideias, ao invés de bajulá-lo.

Um trabalho brilhante desperdiçado em prol da criação de uma igreja

Sabemos que o trabalho de Kardec foi muito duro. Ele viajou muito e pagou com o próprio dinheiro as viagens que foram muito úteis no processo de pesquisa. Lutou contra aqueles que o caluniavam, sobretudo Jean Baptiste Roustaing, cuja ideologia seduziu muito os pseudo-espíritas brasileiros, mas por ser polêmico demais, teve que ser eliminado da historiografia espírita brasileira, mas não sem antes a versão deturpada absorver alguns pontos , aceitos até hoje, para infelicidade de quem se considera fiel ao trabalho de Allan Kardec.

Aqui neste blogue, temos atuado com muito esforço e reconhecimento inversamente proporcional às nossas dificuldades, na tentativa de devolver o Espiritismo a sua condição original. É um trabalho hercúleo, pois a versão deturpada, igrejista e cheia de erros, está nas mãos de muita gente consagrada, de prestígio conquistado e apoiada por uma instituição considerada respeitável, a FEB, que não consegue honrar o seu prestígio favorecendo fraudes e difundindo falsos conceitos na tentativa de manter o seus interesses coerentes com a sua origem católica (a FEB é na verdade uma dissidência católica que "acredita" em reencarnação e na comunicação com os mortos).

A nossa missão de continuar o trabalho kardeciano

Vamos continuar criticando esta forma deturpada e não vamos ceder em algum minuto que for. Sabemos que o que a FEB defende não é o kardecismo (embora ela use esse nome ad nauseam, para autenticar suas fraudes e farsas) e sim a velha igreja católica medieval, misturada com vida pós morte e totalmente enfatizada na visão piegas d o amor, da paz e da caridade.

Grande Kardec! Pode contar conosco! Continuaremos o trabalho iniciado pelo codificador. Precisamos valorizar o árduo trabalho desse verdadeiro cientista que não teve o reconhecimento merecido. Kardec nada tem a ver com toda essa bobagem que se assume como "Espiritismo" e certamente iria se revoltar cada vez mais contra os muitos absurdos que a FEB e seus médiuns-estrela vivem difundindo em larga escala, utilizando indevidamente o nome do codificador.

Kardec, onde quer que esteja, receba nossos parabéns. O presente que você mais quer, com absoluta certeza, é que o Espiritismo retorne as suas características originais. A desculpa esfarrapada de "abrasileiramento" nunca deve servir para justificar fraudes, ideias absurdas e um monte de bobagens que fizeram com que uma doutrina criada por um cientista perdesse seu atributo de ciência.

O codificador um dia disse que se fosse provado que o Espiritismo estava errado, ele iria preferir ficar com a ciência. Do jeito que está o Espiritismo brasileiro, certamente ele iria ter medo de se assumir "espírita", se recusando automaticamente a ser vinculado a esse festival de tolices que sabiamente Herculano chamava de Seita de Papalvos.

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