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domingo, 24 de agosto de 2014

Exigem provas dos erros de Chico Xavier. Eu exijo as provas dos acertos.

Se há alguém no mundo que sofre uma blindagem indestrutível, com direito ao surgimento de milhares (e até milhões!) de guardas costas voluntários, tão truculentos quanto os que se vê acompanhando políticos e celebridades, é o médium Chico Xavier. 

Basta uma pequena crítica, mesmo construtiva, sair da boca de alguém que o vespeiro de defensores do falecido médium sai da colmeia. Tratado como semideus e defendido como se não possuísse defeitos, Xavier virou uma espécie de verdade absoluta e inquestionável e toda  e qualquer crítica feita a ele deve ser dita com palavras cuidadosamente escolhidas, caso contrário, uma imensa e interminável polêmica começa a surgir, com devotos bastante revoltados.

Tudo é feito para defender Xavier. Até alguns privilégios lhe são concedidos como o de ceder a responsabilidade de seus erros a terceiros. Ora tratado como inocente, ora tratado como um líder incorruptível, em todos os casos, Xavier acabou se tornando um estereótipo da bondade máxima, sendo um modelo a ser seguido.

E eu pergunto: que modelo? Todos cobram provas de que o médium errou, perguntam onde os críticos se basearam para fazer tais comentários. Mas os mesmos se esquecem de cobrar provas do outro lado: o da bondade de Chico Xavier. Onde estão as provas de que ele era "a bondade máxima e absoluta que nunca deve ser questionada"?

Sabe-se que a sua influência não trouxe nenhuma transformação social que servisse de justificativa para a sua suposta "bondade extrema". Ajudou um e outro como qualquer homem comum ajudaria. Mas na contramão contribuiu muito para que outras melhorias fossem canceladas, sobretudo as que exigiam um maior desenvolvimento intelectual. 

E o que é curioso é que muitos devotos de Xavier já começam a criar uma aversão à intelectualidade, chegando a dispensar o desenvolvimento intelectual para a evolução espiritual. É assim? Então para quê Deus colocou um cérebro em cada uma de nossas cabeças? para enfeite? Para pesar a cabeça? Se não serve para pensar, serve pra quê?

Quero provas da bondade extrema de Xavier. Quero que alguém convença, usando a lógica e o bom senso, de preferência despido de fé, o resultado do que Xavier fez com a sociedade em geral. Pelo que se sabe, a humanidade brasileira tem dado sinais bem claros de piora tanto intelectual quanto emotiva e isso também é observado em muitos devotos do médium bonzinho. Como uma sociedade que nunca consegue resolver os sue problemas pode ser considerada espiritualmente "evoluída"?

Mesmo querendo provas da "bondade máxima" de Xavier, sei que não irei consegui-las. Os defensores do idolatrado médium irão certamente forjar provas falsas na tentativa de proteger o médium de qualquer crítica e manter intacto o mito construído em torno dele. Pois não dá para transformar em provas aquilo que não existe e não é observado.

Na verdade, Xavier, que nasceu e morreu sem conhecer a verdadeira Doutrina Espírita, não passou de um cidadão comum, um fiel católico "sequestrado" pela FEB que o transformou em mito, com o absoluto consentimento do médium, que gostou de brincar de sábio, angariando o prestígio que o fez, influente, querido e completamente intocável como um semideus. Ou como o próprio Deus?

Xavier, um semideus proibido de ser criticado pelos erros que cometeu, mas que deve ser admirado pelos acertos que não cometeu. Nunca uma ideologia teve que apelar tanto para a incoerência para manter interesses particulares de líderes e de seguidores, incluindo a proteção do prestígio de um cidadão comum transformado em divindade.

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