Saiu em uma edição recente de uma revista sobre História um artigo sobre o que a opinião pública conhece como "Espiritismo". Prefiro colocar entre aspas, pois percebi que um detalhe que faz com que o tal artigo se refira não ao Espiritismo de Kardec (embora ele apareça na capa) e sim a esta forma maluca, cheia de enxertos, misturas e erros que se convencionou a ser considerada a doutrina.
O tal detalhe informa que o Espiritismo tem inúmeros adeptos e não para de crescer. O texto a define como "religião" (o sentido de igreja, seita) e apesar do destaque dado a Kardec, se refere a forma deturpada por dissidentes católicos que nunca abandonaram a sua fé original, como o político Bezerra de Menezes e o médium-caipira Chico Xavier, grandes responsáveis pelos graves erros inseridos na versão brasileira da doutrina, em que Kardec é limitado a servir de "carimbo" para a autentificação de bobagens.
Infelizmente, fora da internet, o verdadeiro Kardecismo ainda é desconhecido, substituído pelo Chiquismo, impedindo a compreensão daquilo que deveria ser visto como ciência e não um amontoado de mitos sem pé nem cabeça.
Convém lembrar que a maioria das pessoas que se assume "espírita" pertence a essa "linha" deturpada que mais parece um Catolicismo reencarnacionista do que com qualquer outra coisa. O resto que se assume como tal estão exotéricos de todos os tipos, devotos de seitas afros e uns poucos verdadeiros espíritas (cerca de bem menos que 1% dos que se assumem como "espíritas"). Complicado seguir Kardec se as bobagens de um ingênuo como Chico Xavier parecem mais sedutoras e confortáveis.
Com certeza a revista não tentará corrigir sua informação. Assim como nenhum meio de comunicação extra-internet tentou corrigir. A FEB, seus ídolos tem muito poder de persuasão e se está difícil combatê-los através da internet, imagine fora dela, onde os meios de comunicação estão na m]ao de uma minoria interessada apenas em divulgar suias convicções pessoais.
Com isso o verdadeiro Espiritismo ainda segue desconhecido no Brasil. Com um número de espíritas muito menor do que os forasteiros que fingem seguir Kardec para utilizá-lo apenas e somente como meio de legitimar graves erros tradicionalmente arraigados.
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