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domingo, 4 de agosto de 2013

Espíritismo como religião ou não: uma discussão que deveria ter sido superada

Tanto nos meios espíritas como nos meios "espíritas" (espiritólicos ou chiquistas, integrantes do Movimento Espírita ou Igreja Espírita, vinculados à FEB), há uma grande discussão, maior ainda entre os primeiros, questionando se o Espiritismo deve ou não ser considerada uma religião. É uma discussão que deveria ter sido encerrada, pois afinal no fundo, o Espiritismo nada tem de religião.

Na verdade, o Espiritismo é uma ciência que estuda as coisas que não estão na forma material que conhecemos. É essa a melhor definição de Espiritismo. Não é uma religião, é estudo. A parte moral é outra coisa, embora seja lembrada pelo Espiritismo, está presente em todas as religiões e também fora delas, pois moral tem mais a ver com o fato de que, se vivemos em grupos, todos os integrantes desse grande grupo chamado Universo(s), merecem viver com qualidade, satisfazendo interesses e necessidades. Não precisa de muita adoração ao inexistente para ter respeito ao próximo.

Para os "espíritas", é legal que o Espiritismo seja visto como religião, pois eles são dogmaticos, utilizam a fé cega (chamada por eles de "fé raciocinada"), para que na sociedade possam delimitar um grupo, como as pessoas que escolhem uma equipe esportiva ou uma escola de samba para torcer. 

Já os verdadeiros espíritas a questão ainda vem sido debatida. Uma boa parcela deles, embora não-dogmática como os chiquistas, ainda deseja que o Espiritismo seja uma religião, por adorar a Deus. Adorações não fazem parte de algo que surgiu como ciência, e inseri-las é uma prática comum a dos espiritólicos, embora os espíritas não-laicos não admitam (alguns) dogmas.

Kardec era cientista. Se a publicação de suas obras na doutrina deram a entender que o Espiritismo era uma religião, foi por causa do contexto social de sua época. Talvez ele na época não tivesse encontrado outro meio de difundir a doutrina sem falar em religiosidade. Traduções e alterações podem também ter embutido uma religiosidade nas obras de Kardec para satisfazer os interesses de quem fez esses tipos de adulterações.

Religião é atraso. Se baseia em lendas que são confundidas como verdades absolutas e criam ídolos para serem adorados. É uma espécie de mitologia, ainda necessária em uma sociedade atrasada, já que as pessoas, ainda meio infantilizadas pelo seu ainda baixo nível espiritual (nada errado, isso faz parte da caminhada da evolução), ainda precisam acreditar em "duendes" que lhes sirvam dos tutores que as autoridades da Terra não conseguem ser. Aprendendo a raciocinar, a religiosidade é eliminada aos poucos, não sendo mais necessária para a evolução.

É bobagem querer definir o Espiritismo como religião ou não. Não será o rótulo de "religião" que fará com que o Espiritismo seja difundido e aceito. Rótulos são besteiras, nada tem de útil neste caso. O que devemos mesmo é estudarmos a doutrina com questionamento, partindo da dúvida, indo para a análise para depois, aí sim, através da lógica racional, entendermos o que os espíritos vieram nos dizer quando participaram das pesquisas orientadas pelo dedicado professor lionês.

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